A motocicleta sempre esteve presente em minha vida.
Tratamento diferenciado para motociclistas é uma constante nos grandes centros de compras.
Quando criança, em passeios na garupa das motocicletas do meu Pai, nas páginas das revistas Motoshow, Duas Rodas, Revista da Moto!
Meu primeiro veículo foi uma motocicleta, sendo que com ela desbravei inúmeras rodovias.
Mesmo nas atividades profissionais, sempre dedicamos atenção especial para tudo que envolve o dia a dia dos veículos de duas rodas.
Costumo dizer que ter uma motocicleta é muito mais que um hobby, é um estilo de vida.
Por outro lado, muitas pessoas tem migrado para os veículos de duas rodas com vistas ao ganho de tempo, economia de combustível e de recursos.
Apesar de todos esses motivos que levam as pessoas a optarem pelas duas rodas, quando se trata de utilizar estacionamentos de estabelecimentos considerados polos geradores de tráfego, como shoppings, hipermercados, o que se observa é um tratamento, digamos, vexatório para os motociclistas, ainda que em alguns casos os valores de estacionamento praticados, sejam iguais aos veículos de quatro rodas.
Quase sempre as áreas destinadas ao estacionamento das motocicletas, com acesso confinado e diferenciados, são afastadas das portas de entrada para os estabelecimentos, como se motociclistas fossem marginais em potencial.
É certo que a motocicleta pela agilidade que proporciona, é um veículo muito utilizado por meliantes, mas generalizar é algo perigoso.
O dinheiro de um motociclista tem o mesmo valor de um cidadão que chega ao estabelecimento na caminhada ou em um moderno veículo importado de quatro rodas.
Não que se almeje que as vagas para motociclistas estejam sempre a porta dos estabelecimentos comerciais, mas que houvessem bolsões mais próximos, não tão distantes.
Em muitos casos, é praticamente impossível para o motociclista realizar um procedimento rápido no interior do estabelecimento comercial sem ter que arcar com o pagamento do estacionamento.
A gratuidade de 15 minutos, contada a partir da retirada do cartão de estacionamento, por exemplo, em alguns shoppings é irrisória para sair do estacionamento de motos e chegar no interior do estabelecimento. Em alguns casos, como o motociclista tem que cruzar uma via de acesso para automóveis, no mínimo 3 minutos são perdidos, além de outros 5 a 8 em deslocamento a pé.
A despeito da localização afastada, ainda se lê em placas que os motociclistas devem utilizar travas e cadeados próprios, os passageiros são impedidos de entrar na área de estacionamento.
Diante de tal fato é que como motociclista, evito visitar ou adquirir produtos em locais em que o tratamento dispensado aos usuários de veículos de duas rodas seja diferenciado, preconceituoso.
Com cada vez mais pessoas a utilizar veículos de duas rodas nos grandes centros, em especial scooters, talvez seja melhor que os responsáveis reavaliem tal situação.
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