Alguns veículos de comunicação apresentam uma manchete no mínimo curiosa.
Equipamentos medidores de velocidade fiscalizam excesso de velocidade, não causam congestionamentos,
A que dá conta que partir do dia 01/AGO*, a
Prefeitura do Recife deixará (deixaria) de multar motoristas que excederem o limite de
velocidade nos horários de pico da manhã e da noite.
A medida, em fase de testes, deve (deveria) vigorar até 31/AGO. O objetivo dessa ação é tentar evitar
grandes congestionamentos na cidade.
Via de regra, um equipamento
medidor de velocidade, o chamado radar, é implantado para incentivar o respeito ao limite
regulamentado, o qual foi estabelecido pela equipe técnica do órgão executivo
de trânsito, sendo assim, não há de se falar em congestionamentos causados pelo
respeito ao limite.
Congestionamentos surgem principalmente pelo
excesso de veículos nas vias, e a lentidão, por vezes é causada em razão de limites de
velocidades estabelecidos de forma incorreta.
A redução da velocidade que vigorou
nas marginais em São Paulo durante um tempo, permitiu que o trânsito fluísse melhor,
ainda que em velocidade reduzida, pois os acidentes graves relacionados ao
excesso de velocidade, que levam a interrupção do fluxo de veículos, deixaram
de ocorrer.
Ainda assim, não houve o desligamento ou retirada dos equipamentos medidores de velocidade, uma vez que o propósito deles, reforçamos, é incentivar o respeito ao limite estabelecido.
A grosso modo, podemos dizer que com a medida o poder público estaria dando uma autorização para que nos horários de pico, os condutores acelerem mais do que o limite regulamentado, se isso puder acontecer.
Vamos acompanhar com atenção ao
resultado do chamado teste no Recife, mas entendemos que essa medida, do ponto
de vista técnico e da segurança viária é equivocada.
Uma coisa é certa. Com essa medida, o número de notificações de infrações por desrespeito ao limite de velocidade expedidas e entregues nas residências dos condutores, irá diminuir muito no período que antecede as eleições.
* Felizmente o bom senso prevaleceu e ao final a fiscalização foi mantida. Os riscos para os usuários das vias, seriam imensos caso o desligamento viesse a ocorrer.
* Felizmente o bom senso prevaleceu e ao final a fiscalização foi mantida. Os riscos para os usuários das vias, seriam imensos caso o desligamento viesse a ocorrer.
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