terça-feira, 21 de agosto de 2018

Atenção CANDIDATOS!

As siglas e legendas estão alinhadas no grid: 12, 13, 15, 16, 17, 18, 19, 27, 30, 45, 50, 51, 54.


Trânsito e eleições - Relação direta! Imagem: Internet


Com isso, e com a proximidade das eleições, com os debates sendo transmitidos pela TV quase que semanalmente, aos poucos as pessoas vêm tomando contato com as propostas, os planos de governo dos candidatos à Presidência da República.

Sempre o assunto gira nos temas emprego, saúde, educação, melhoria da qualidade de vida, algumas propostas mirabolantes surgem, mas, o trânsito, um tema muito importante para o país, que se reflete diretamente na saúde pública, na previdência social nunca é abordado.

Até já ouvi em um dos debates um dos candidatos a falar do tema, mas com o tradicional viés da chamada indústria de multas, de que há um excesso delas.

Com efeito, esse argumento sempre rende aplausos da galera, uma vez que ninguém gosta de ser repreendido, notadamente quando a repreensão vem através de uma penalidade que pontua o cidadão e demanda o pagamento da multa.

De outra banda, as consequências do desrespeito às regras de trânsito todos sabem: acidentes, acidentes e mais acidentes.

Por muito pouco o Brasil não é o campeão mundial em acidentes e mortes no trânsito.

E o que isso representa no debate político, nas propostas dos candidatos, nos rumos da nação?

A resposta é TUDO!

O trânsito brasileiro é um problema de saúde pública.

Utiliza parte expressiva dos leitos hospitalares, centros cirúrgicos.

A frota de ambulâncias dos serviços de urgência/emergência, resgate, está o tempo todo empenhada em atender as vítimas do trânsito.

Temos também na área da saúde os problemas ocasionados pela poluição atmosférica produzida pelos veículos automotores e que matam mais que os acidentes em alguns centros urbanos.

As vítimas em sua grande maioria estão em idade produtiva, contribuem para o crescimento do país, e quando sofrem acidentes, passam a depender do já sobrecarregado sistema previdenciário.

Os acidentes de trânsito fatais custam para o país, de acordo com dados do Observatório Nacional de Segurança Viária – ONSV 52 bilhões de Reais por ano.

Além disso, a cada ano, um exército de pessoas permanentemente sequeladas em razão do trânsito, precisam se adaptar a uma nova realidade.

É necessário efetivamente colocar em prática um plano de combate os acidentes de trânsito.

Estamos prestes a finalizar a Década de Ações para a Segurança Viária, com poucos resultados positivos, de redução de 50% no número de mortos e feridos graves no trânsito do país.

Alguns Estados, Municípios, com empenho alcançaram essa meta, mas por ações isoladas, não com base em um plano nacional.

Vale destacar ainda que no início de 2018 entrou em vigor o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito - PNATRANS, por força da lei número 13.614/2018 que tem como meta a mesma redução proposta pela Década.

Para aqueles que afirmam que existe a indústria de multas, podemos apresentar dados do governo federal que apontam que se todas as multas de trânsito no país fossem pagas, a arrecadação seria de arredondados 10 bilhões de Reais.

Um número que apesar de elevado, quando confrontado com os 52 bilhões das vítimas fatais, ratifica o entendimento que há no Brasil uma indústria da dor e da morte, que onera ainda mais a sociedade brasileira.

Isso sem contar a dor das pessoas que perdem entes queridos em tais eventos.

Como costuma dizer um Amigo da área de trânsito, no Brasil há solução, tratamento para todos os problemas. Dengue, AIDS, só não há solução para o trânsito, pois esse meio envolve o eleitor, e com esse ninguém quer mexer, contrariar.

Portanto, independentemente do seu candidato, da sua ideologia, cobre dele também uma postura, um posicionamento em relação ao que irá fazer em relação aos efeitos nocivos do trânsito no país.

Esteja atento às propostas mirabolantes que também aliviam a fiscalização do trânsito e que via de regra partem do Congresso Nacional.

Atualmente com a economia em marcha reduzida os acidentes acontecem e custam caro, se eventualmente no próximo mandato presidencial a economia voltar a crescer, e a retomada do desenvolvimento vier, os acidentes tendem a aumentar.

A certeza que temos é que nessa macabra loteria dos acidentes, todos estamos passíveis de sermos contemplados, e engrossarmos ainda mais os números das 37.345 (dados de 2016) vidas desperdiçadas no trânsito.


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