quinta-feira, 10 de maio de 2018

Segurança derrubada da caçamba!


Em 2010, um caminhão basculante que transitava com a caçamba levantada derrubou uma passarela em Sorocaba, fato esse que ocasionou a morte de duas pessoas.


Em 2014 um caminhão com a caçamba levantada derrubou uma passarela no Rio de Janeiro. Foto: O Globo


No ano de 2014, no Rio de Janeiro, em situação semelhante na linha amarela, morreram 4 pessoas.

Na esteira dessas tragédias e de outras já registradas da mesma forma, em especial a ocorrida na capital fluminense, o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN editou uma Resolução, a 563/2015, a qual determinava que em 01/JAN/2017, os caminhões com caçamba basculante, deveriam dispor de sistemas que impedissem o levantamento involuntário do implemento.

Mais adiante, no mês de dezembro de 2016, poucos dias antes da exigência da regra passar a causar efeitos, uma Deliberação da presidência do CONTRAN a 158/2016 suspendeu a obrigação, até que o novo sistema de emissões e controle de certificado de segurança veículo fosse implantado.

Eis que na quinta-feira, 10/MAI, mais uma vez através de uma deliberação da presidência do CONTRAN, a 171/2018, a exigência do dispositivo que evita que a caçamba seja levantada involuntariamente é suspenso por mais um ano.

A justificativa para tal medida, veio por meio de uma postagem com foto no Facebook do deputado federal do Rio Grande do Sul e autor do pedido, junto ao presidente do órgão executivo de trânsito da União, que exaltava o feito, qual seja a suspensão da Resolução, que segundo ele custaria cinco mil Reais para cada caminhão basculante.

Seria esse, cinco mil Reais o preço de uma vida desperdiçada em caso de acidentes dessa natureza???

Dizer que não houve tempo hábil para a adequação dos veículos não é uma justificativa plausível, quando a redação original da norma data do já distante ano de 2015

Isso sem contar os riscos que o fato em si já mostrou que representa!

A adoção desse sistema não se mostra uma despesa para o proprietário do veículo, mas um investimento em segurança, que pode preservar a vida de pedestres que transitam em passarelas, do próprio condutor do veículo, e de outros condutores que podem sofrer as consequências desse ato  involuntário.

Onde está o compromisso com a segurança do órgão que mais deveria zelar por isso?

Mas o que importa mesmo é que o lisarB se fez presente no prédio da ONU nos EUA para dizer que o toxicológico para as categorias C, D e E, abominado por toda comunidade técnica, médica, é exemplo para o mundo, mas que ações mais práticas para a efetiva segurança viária podem ficar em segundo, terceiro, quarto plano.

Cada vez mais nosso Código de Trânsito Brasileiro se torna um orielisarB ed otisnârT ogidóC.

Nenhum comentário:

Postar um comentário