Ontem a noite, em uma parada de semáforo nos deparamos com um debate entre o condutor de uma motocicleta CG e o de um automóvel Corcel II.
Motocicletas com sistema de iluminação deficiente ou inoperante. Um risco à segurança.
Os ânimos estavam exaltados, o motociclista alegava que com a fechada que havia sofrido, poderia sofrer um acidente, se quebrar, quebrar uma perna por conta da falta do uso da seta do automóvel.
A interpretação, a indignação dele é justa, correta, uma vez que uma mudança de deslocamento de um veículo sem a necessária sinalização, pode resultar em um acidente, com sérias consequências, em especial quando um dos veículos é uma motocicleta.
Mas...sempre tem um mas, havia um fato nesse entrevero que pode ter contribuído significativamente para a fechada que o motociclista recebeu do condutor do automóvel.
Apesar de pela regra do artigo 244 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB o uso do farol na motocicleta ser obrigatório, independentemente se de dia ou de noite, a motocicleta envolvida no fato não possuía uma única luz do sistema de iluminação em funcionamento!
Também não possuía a motocicleta, espelhos retrovisores para que o condutor possa saber o que acontece atrás do seu veículo.
Isso não retira cem por cento a responsabilidade pela ausência da sinalização, o uso das setas por conta do automóvel, no entanto, a noite, uma motocicleta com parte preta, parte vermelha, praticamente desaparece no retrovisor.
Quando o semáforo abriu e cada um seguiu seu destino, por alguns metros seguimos atrás do motociclista envolvido, e apesar de toda a ausência de luzes, retrovisores, o condutor levava nas costas um "mochilão" para entrega de alimentos e não adotava uma postura, digamos, preventiva, segura e por pouco não sofreu outra fechada.
Infelizmente, ao transitar nas condições aqui descritas, esse motociclista está correndo sérios riscos de engrossar as estatísticas de acidentes de trânsito no país.
Espero que após o ocorrido ele tenha tido consciência de providenciar a iluminação de sua motocicleta, ou quem sabe, a fiscalização o incentive a fazê-lo.
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