Muita gente torce o nariz quando a conversa diz respeito a segurança viária, em especial quando existe o alerta para que não se manuseie o celular ao conduzir, não venha a ocorrer o avanço do sinal vermelho de parada, ou que o motociclista respeite as regras a todo momento.
Apesar do tom repetitivo, isso é algo necessário, de suma importância para o cidadão, e mais ainda para a sociedade em que vive, no caso, nossa Sorocaba.
Apesar da alardeada redução nos índices de mortes no
trânsito de Sorocaba por parte do Poder Público, do alegado atendimento a meta
de reduções propostos pela Década de Ações para a Segurança Viária estabelecida
pela ONU em 2011, em 2018 desde o mês de agosto não temos o que celebrar no trânsito da cidade, de
acordo com dados da própria URBES.
Dados da própria URBES apontam que entre JAN e AGO/2018, já morreram mais pessoas que nos doze meses de 2017.
Durante todo o ano de 2017, 30 pessoas perderam a vida no
trânsito sorocabano.
Em 2016, 33 pessoas.
No período de janeiro a agosto de 2018, 40 pessoas perderam a vida no trânsito
da cidade.
De JAN/AGO 2016, 22 vidas foram ceifadas, no mesmo período
em 2017, 18.
As principais vítimas do trânsito sorocabano em 2018 foram as seguintes:
19 condutores, 3 passageiros de motocicletas;
9 pedestres;
5
ciclistas (preocupante esse número!);
1 condutor e 3 passageiros de veículos de 4 rodas ou mais.
Com mais de 50% das vítima fatais no Município, novamente
destacamos que os usuários de motocicletas precisam mudar o comportamento,
adotar uma postura mais responsável, a medida que nas vias públicas o que
observamos são atos de imprudência e desrespeito às normas.
Dia desses próximo de casa, um motociclista em alta velocidade, quase colidiu com um veículo que aguardava sua vez de realizar um retorno. O número de motociclistas a transitar com falta de atenção ao que acontece a frente, olhando para o celular, sim, celular na motocicleta e potencializa o risco de colisões é elevado.
No tocante a postura de parte dos motociclistas, a imprudência, negligência e a imperícia predominam e são um risco para todos. Sou motociclista na cidade e as maiores dificuldades vivenciadas são com os demais usuários do veículo.
Quanto aos 5 ciclistas que perderam a vida, é importante trabalhar a conscientização dos usuários da bicicleta para o respeito às regras básicas do trânsito, como utilizar a ciclovia onde ela existe e a bicicleta não se destina a competição, mas como meio de transporte.
É importante agir antes que mais adiante os ciclistas venham a figurar no rol das principais vítimas fatais.
Talvez para 2018, um bom reforço nos 310 mil Reais destinados para a educação para o trânsito em 2017 ajudem no objetivo de levar orientação e ensinamentos para a sociedade antes de fechar o ano.
De outra banda, tendo em vista que a cidade possui um banco de dados de registros de acidentes de trânsito dos mais completos, o SICAT, deveria voltar os olhos às ações para locais já reconhecidamente problemáticos, ao invés de permitir a criação de novos pontos de conflito.
A nova abertura de passagem semaforizada no canteiro central da Avenida Adão Pereira de Camargo, próximo ao pontilhão da linha férrea, por exemplo, é descabida a partir do momento que locais como a Avenida Itavuvu, acesso para a Rua Atanásio Soares com fluxo de veículos acentuado não conta com o dispositivo.
Mesma situação se aplica na Avenida Paulo Emanuel de Almeida, quando se realizou a semaforização de uma abertura de passagem com baixa demanda veicular, ao invés de se implantar o dispositivo na interseção com a Rua Catarina Carrasco Aguilar, com alta demanda de pedestres e veículos.
Aplicar corretamente o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN também ajuda a percorrer um bom caminho na prevenção de acidentes.
A equipe técnica sabe como agir, já se mostrou capaz inúmeras vezes, e pode reverter isso.
E para quem ainda acredita que existe uma indústria de multas, os dados mostram o quanto ela é necessária, uma vez que acidentes de trânsito são infrações que deram errado.
E para quem ainda acredita que existe uma indústria de multas, os dados mostram o quanto ela é necessária, uma vez que acidentes de trânsito são infrações que deram errado.
Às famílias enlutadas em razão dos acidentes de trânsito, nossos sentimentos!
Ótima análise dos dados. Eu acho que o trabalho de conscientizar para a segurança no trânsito deve ser incansável, jamais interrompido e absolutamente valorizado. E ainda tem gente que reclama da fiscalização. Já observou quantos veículos passaram a 'furar' o vermelho depois que os semáforos perderam o dispositivo de fiscalização? Investir no trânsito não é só fazer lombadas. É muito mais que isso. É preservar vidas através da educação e do respeito ao próximo. Parabéns pelo seu posicionamento!
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