sexta-feira, 19 de outubro de 2018

40 vidas e o ano não acabou!

Muita gente torce o nariz quando a conversa diz respeito a segurança viária, em especial quando existe o alerta para que não se manuseie o celular ao conduzir, não venha a ocorrer o avanço do sinal vermelho de parada, ou que o motociclista respeite as regras a todo momento.

Apesar do tom repetitivo, isso é algo necessário, de suma importância para o cidadão, e mais ainda para a sociedade em que vive, no caso, nossa Sorocaba.


Apesar da alardeada redução nos índices de mortes no trânsito de Sorocaba por parte do Poder Público, do alegado atendimento a meta de reduções propostos pela Década de Ações para a Segurança Viária estabelecida pela ONU em 2011, em 2018 desde o mês de agosto não temos o que celebrar no trânsito da cidade, de acordo com dados da própria URBES.


     Dados da própria URBES apontam que entre JAN e AGO/2018, já morreram mais pessoas que nos doze meses de 2017.


Durante todo o ano de 2017, 30 pessoas perderam a vida no trânsito sorocabano.

Em 2016, 33 pessoas.

No período de janeiro a agosto de 2018, 40 pessoas perderam a vida no trânsito da cidade.

De JAN/AGO 2016,  22 vidas foram ceifadas, no mesmo período em 2017, 18.

As principais vítimas do trânsito sorocabano em 2018 foram as seguintes: 

19 condutores, 3 passageiros de motocicletas;

9 pedestres;

5 ciclistas (preocupante esse número!);

1 condutor e 3 passageiros de veículos de 4 rodas ou mais.

Com mais de 50% das vítima fatais no Município, novamente destacamos que os usuários de motocicletas precisam mudar o comportamento, adotar uma postura mais responsável, a medida que nas vias públicas o que observamos são atos de imprudência e desrespeito às normas.

Dia desses próximo de casa, um motociclista em alta velocidade, quase colidiu com um veículo que aguardava sua vez de realizar um retorno. O número de motociclistas a transitar com falta de atenção ao que acontece a frente, olhando para o celular, sim, celular na motocicleta e potencializa o risco de colisões é elevado.

No tocante a postura de parte dos motociclistas, a imprudência, negligência e a imperícia predominam e são um risco para todos. Sou motociclista na cidade e as maiores dificuldades vivenciadas são com os demais usuários do veículo.

Quanto aos 5 ciclistas que perderam a vida, é importante trabalhar a conscientização dos usuários da bicicleta para o respeito às regras básicas do trânsito, como utilizar a ciclovia onde ela existe e a bicicleta não se destina a competição, mas como meio de transporte.

É importante agir antes que mais adiante os ciclistas venham a figurar no rol das principais vítimas fatais.

Talvez para 2018, um bom reforço nos 310 mil Reais destinados para a educação para o trânsito em 2017 ajudem no objetivo de levar orientação e ensinamentos para a sociedade antes de fechar o ano.

De outra banda, tendo em vista que a cidade possui um banco de dados de registros de acidentes de trânsito dos mais completos, o SICAT, deveria voltar os olhos às ações para locais já reconhecidamente problemáticos, ao invés de permitir a criação de novos pontos de conflito.

A nova abertura de passagem semaforizada no canteiro central da Avenida Adão Pereira de Camargo, próximo ao pontilhão da linha férrea, por exemplo, é descabida a partir do momento que locais como a Avenida Itavuvu, acesso para a Rua Atanásio Soares com fluxo de veículos acentuado não conta com o dispositivo.

Mesma situação se aplica na Avenida Paulo Emanuel de Almeida, quando se realizou a semaforização de uma abertura de passagem com baixa demanda veicular, ao invés de se implantar o dispositivo na interseção com a Rua Catarina Carrasco Aguilar, com alta demanda de pedestres e veículos.

Aplicar corretamente o Código de Trânsito Brasileiro - CTB e as Resoluções do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN também ajuda a percorrer um bom caminho na prevenção de acidentes. 

A equipe técnica sabe como agir, já se mostrou capaz inúmeras vezes, e pode reverter isso.

E para quem ainda acredita que existe uma indústria de multas, os dados mostram o quanto ela é necessária, uma vez que acidentes de trânsito são infrações que deram errado.

Às famílias enlutadas em razão dos acidentes de trânsito, nossos sentimentos!



Um comentário:

  1. Ótima análise dos dados. Eu acho que o trabalho de conscientizar para a segurança no trânsito deve ser incansável, jamais interrompido e absolutamente valorizado. E ainda tem gente que reclama da fiscalização. Já observou quantos veículos passaram a 'furar' o vermelho depois que os semáforos perderam o dispositivo de fiscalização? Investir no trânsito não é só fazer lombadas. É muito mais que isso. É preservar vidas através da educação e do respeito ao próximo. Parabéns pelo seu posicionamento!

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