sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Cem anos e gradil

Em um de nossos compromissos profissionais, um cidadão nos questionou a razão de Sorocaba possuir gradil nas avenidas para impedir a travessia de pedestres. 


O amanhã que o futuro representa, nos trará uma mobilidade urbana melhor? A conferir!


Perguntou se eu concordava com esse tipo de cerceamento do direito de ir e vir.

Segundo ele, isso demonstra que nossa mobilidade urbana está atrasada.

Bem, fomos obrigados a concordar com ele em partes. A mobilidade urbana brasileira, em comparação a portuguesa, por exemplo, está vinte anos atrasada.

Durante a semana, na série "Em Movimento" do GloboNews, foi nos apresentado o sistema de mobilidade urbana de Londres, Inglaterra, e em comparação aos ingleses, podemos dizer que estamos 111 anos atrasados. 

A menção aos 111 anos se dá em razão do tempo que separa o primeiro metro inglês do primeiro implantado em São Paulo.

Por outro lado, discordamos em relação ao uso do gradil.

Esse foi um artifício encontrado pelo poder público, para tentar coibir a travessia de pedestres em locais arriscados, fato corriqueiro até então.

Vários trechos que possuem o dispositivo implantado, possuem registros de atropelamentos fatais ou graves nos últimos cinco anos.

Ainda que com gradil implantado, não é difícil notarmos pessoas, de todas as idades e sexos, pulando para cortar caminho, e aumentando ainda mais o risco de atropelamento.

Apesar de parecer uma medida de controle, na contramão da mobilidade urbana do primeiro mundo, aparentemente ajudou na redução de mortes de pedestres na cidade. Em Sorocaba, segundo os dados oficiais, mais motociclistas perdem a vida do que pedestres.

Quem sabe um dia, com mais consciência de todos, governantes e população, podemos chegar ao nível de Drachten, Holanda, local em que toda sinalização de trânsito foi abolida.


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