segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Pensa, respira e pedala!


Nos últimos anos, transitar nos grandes centros tem se tornado algo bem complicado.





Com a chegada da crise, que insiste em não ir embora, como falam alguns, só não chegamos no fundo do poço porque não paramos de escavar, as vias não entraram em colapso com o excesso de veículos, no entanto, a lentidão, congestionamentos ainda persistem e poderiam ser piores.

Estudos apontam que para cada automóvel vendido, o sistema viário deveria crescer seis metros. 

Nos bons tempos de atividade econômica no país, entre 2009 e 2014, em Sorocaba, isso representava uma Avenida Barão de Tatuí inteira, por semana de diante do número de veículos novos comercializados.

O resultado de tantos veículos em trânsito ao mesmo tempo todos conhecem, reclamam.

Felizmente a Administração da cidade a época optou por investir em um plano cicloviário, com vistas a chamar a atenção do cidadãos para a bicicleta como um veículo válido para os deslocamentos.

A primeira vista, a considerar a topografia da cidade, muitos técnicos, dentre os quais nos incluímos, torceram o nariz para essa opção, que mais adiante se tornou acertada, sendo Sorocaba, ainda hoje, conhecida nacionalmente como a cidade das ciclovias.

Com o advento da Lei da Mobilidade Urbana em 2012 a busca por formas alternativas de transportes ganhou um importante reforço. A Lei determina que o poder público deve priorizar os meios de transporte não motorizados e o transporte coletivo em detrimento do transporte individual.

É certo que tal imposição em uma nação como a nossa, crescida e criada tendo o automóvel como um simbolo de status, gerou revolta em parte da população que não admite que as vias públicas deixem de atender com prioridade apenas os automóveis, na maioria das vezes ocupados apenas pelo condutor.

Os reflexos do excesso de veículos nas vias não se apresenta apenas na lentidão, mas também na qualidade do ar que respiramos.

Diante disso, salta aos olhos a informação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP divulgada no "Em Movimento" da terça-feira, dia 04/SET/2018 e que a foto ilustra esta postagem que mostra que 31% das viagens de ônibus e 40% das viagens de carro poderiam ser pedaladas, algo que resultaria em uma economia de 34 milhões de Reais no SUS e evitaria 18% das emissões de carbono no meio ambiente.

Surge mais uma vez a bicicleta como uma aliada para a mobilidade sustentável, para auxiliar na melhoria da qualidade do ar que respiramos.

A bicicleta, de acordo com outro estudo, é o veículo ideal para trajetos de até 8 quilômetros para pessoas até 50 anos, um público vasto nos centro urbanos, que poderia deixar de lado o veículo automotor e melhorar a qualidade de vida com a prática da atividade física que a bicicleta proporciona.

Sendo assim, sempre que possível, pedale!

No Brasil, segundo dados da ABRACICLO, a frota de bicicletas é de 70 milhões de unidades, portanto, é grande a possibilidade de ter uma bicicleta em sua casa. Que tal utilizar?

Sorocaba e várias outras cidades do país já possuem o serviço de compartilhamento de bicicletas, e até mesmo a integração da bicicleta com o transporte coletivo, algo ainda mais positivo para a mobilidade urbana.

Eu adoro pedalar, ainda que o faça menos do que gostaria, no entanto, pratico a caminhada com frequencia e sempre que possível deixo o automóvel ou motocicleta guardados para realizar a pé meus deslocamentos, ocasião essa que aproveito para visualizar como é a convivência entre condutores e demais personagens no trânsito, mas esse tema, é para outra postagem aqui no CamPitacos.







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