sexta-feira, 3 de maio de 2019

Sozinho na via.


O ouvinte da coluna "Mobilidade Urbana" na Cruzeiro FM 92,3, Cristiano, do Piazza di Roma, em comentário a nós enviado, diz que ouviu o argumento de que o veículo autônomo seria ruim para o governo, pois de tal forma, com veículos dotados de inteligência artificial, controles diversos, deixaria de arrecadar com infrações de trânsito.


Ouvinte questiona: Seria o veículo autônomo ruim para o governo? Imagem: internet


Sendo assim, ele questiona: O que pensamos a respeito dessa afirmação?

Esse questionamento que ele nos apresentou é interessante, e talvez muitos possam até mesmo não concordar comigo, mas penso que o argumento não é real.

Apesar de muitos discordarem, posso atestar que a grande maioria dos órgãos de trânsito não se orgulha de aplicar penalidades para os condutores.

Por mais de uma vez já apontamos na coluna Mobilidade Urbana que os custos com acidentes são bem maiores que a arrecadação com as infrações.

Se todas as multas em 2016 fossem pagas, o país arrecadaria 10 bilhões de reais, no entanto, só com os óbitos se gastou 52 bilhões de reais.

Caso de fato os veículos autônomos venham a atingir o nível de confiabilidade, a ponto "conversarem" com os demais veículos, com a sinalização, os ganhos para a sociedade serão consideráveis.

O uso das novas tecnologias nos ajudará a termos deslocamentos mais seguros, deixaremos de produzir vítimas graves ou fatais, o que irá beneficiar diretamente a saúde pública, pois os leitos hospitalares serão destinados para pessoas doentes.

É certo que atualmente os países desenvolvidos já vivenciam dificuldades na implantação dos veículos plenamente autônomos por conta de questões como reconhecimento de pedestres em alguns casos, motociclistas e ciclistas, mas com o tempo a tecnologia irá sanar essas questões.

Nosso caminho ainda é maior, a começar pelo estado de conservação de nossas vias, a falta de planejamento na construção das cidades, itens esse que penso que são os reais entraves para o uso de veículos autônomos no Brasil.

Quem viver, verá!



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