segunda-feira, 27 de maio de 2019

Não há plano B.


Em recente pronunciamento à imprensa, novamente o Presidente Jair Bolsonaro externou a intenção de aumentar a pontuação para que o condutor tenha o direito de dirigir suspenso, dos atuais 20 para 40 pontos, e agora, além de determinar a suspensão da implantação e a retirada dos radares fixos das rodovias federais, pensa em retirar também os radares estáticos ou portáteis.


Mais uma vez os radares estão no centro das discussões no país. Foto: Tribuna do Paraná.


Mais uma vez nos deparamos com essa notícia, com essa vontade do presidente, e ela sempre aparece quando temos um outro debate a ocorrer no campo político e faltam boas notícias da economia e do emprego.

Parece que no tema trânsito a assessoria do presidente tem deixado a desejar ou ele não tem dado ouvido para o que os técnicos de sua confiança tem à dizer, uma vez que o Brasil tem a segurança no trânsito como um dos maiores desafios, por tudo que ele ocasiona para a sociedade.

No tocante ao excesso de velocidade, esse é um dos principais fatores de riscos. 

Uma visita à página do Facebook da Polícia Rodoviária Federal - PRF de Santa Catarina, por exemplo, irá mostrar a quanto trafegam os condutores em vias com limites entre 80 e 100Km/h. 

Todos pensam na questão das multas, nas dificuldades de transitar, mas fecham os olhos para os aspectos importantes como a ocupação de hospitais com as vítimas do trânsito, com as famílias destroçadas com a perda de um ente querido.

Cada morto no trânsito afeta a vida de pelo menos cem pessoas entre familiares e amigos.

E temos também a Previdência Social, que precisa ser reformada segundo o Presidente, pois do contrário NÃO HÁ PLANO B, a qual sente os efeitos nocivos do trânsito pois pessoas em idade produtiva, muitas delas jovens, passam da condição de contribuintes, para a de dependentes.

Se temos nos acidentes uma das causas de despesas pesadas para a Previdência, fica um tanto sem sentido criticar a fiscalização, que busca preservar a vida das pessoas, sendo utilizada não só no Brasil, mas em vários países do mundo.

Ao trabalhar a segurança viária, seja com a utilização de radares, com uma pontuação aparentemente baixa, o que se busca é incentivar o respeito às regras, pois infelizmente parte do povo brasileiro ainda não aprendeu a se comportar adequadamente sem a supervisão, fiscalização de alguém.

Os números de óbitos pela dengue no país são inferiores aos do trânsito mas mobilizam toda a sociedade para acabar com o mosquito e seus criadouros.

No trânsito parte do problema é o eleitor, e atacar esse ponto não é algo salutar para quem detém cargo eletivo. 

Caso um acidente com morte venha a ocorrer, terá sido uma fatalidade,, se vier a ser uma tragédia, teremos um minuto de silêncio e vamos em frente. Uma pena!

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