sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Cem anos e gradil

Em um de nossos compromissos profissionais, um cidadão nos questionou a razão de Sorocaba possuir gradil nas avenidas para impedir a travessia de pedestres. 


O amanhã que o futuro representa, nos trará uma mobilidade urbana melhor? A conferir!


Perguntou se eu concordava com esse tipo de cerceamento do direito de ir e vir.

Segundo ele, isso demonstra que nossa mobilidade urbana está atrasada.

Bem, fomos obrigados a concordar com ele em partes. A mobilidade urbana brasileira, em comparação a portuguesa, por exemplo, está vinte anos atrasada.

Durante a semana, na série "Em Movimento" do GloboNews, foi nos apresentado o sistema de mobilidade urbana de Londres, Inglaterra, e em comparação aos ingleses, podemos dizer que estamos 111 anos atrasados. 

A menção aos 111 anos se dá em razão do tempo que separa o primeiro metro inglês do primeiro implantado em São Paulo.

Por outro lado, discordamos em relação ao uso do gradil.

Esse foi um artifício encontrado pelo poder público, para tentar coibir a travessia de pedestres em locais arriscados, fato corriqueiro até então.

Vários trechos que possuem o dispositivo implantado, possuem registros de atropelamentos fatais ou graves nos últimos cinco anos.

Ainda que com gradil implantado, não é difícil notarmos pessoas, de todas as idades e sexos, pulando para cortar caminho, e aumentando ainda mais o risco de atropelamento.

Apesar de parecer uma medida de controle, na contramão da mobilidade urbana do primeiro mundo, aparentemente ajudou na redução de mortes de pedestres na cidade. Em Sorocaba, segundo os dados oficiais, mais motociclistas perdem a vida do que pedestres.

Quem sabe um dia, com mais consciência de todos, governantes e população, podemos chegar ao nível de Drachten, Holanda, local em que toda sinalização de trânsito foi abolida.


quinta-feira, 27 de setembro de 2018

É dinheiro!


Matéria do jornal Cruzeiro do Sul durante a semana, aponta que a arrecadação com multas em Sorocaba teve aumento de 31% em sete meses (JAN a JUL).



Matéria do jornal Cruzeiro do Sul aponta aumento na arrecadação com multas de trânsito nos primeiros sete meses de 2018.


De acordo com a matéria, o número de autuações em 2018 até foi menor no período, 92.350 em 2018, ante 92.604 em 2017.

Vale destacar que desde novembro de 2016 os valores das multas sofreram reajustes, assim como artigos do Código de Trânsito Brasileiro - CTB foram reenquadrados.

Portanto, o argumento de que os valores são os principais responsáveis pelo aumento não se sustenta, pois os valores de 2017 são iguais aos de 2018.

Estaria então o condutor sorocabano a cometer infrações mais graves?

Entendo que não, ainda que os números retratem parte daquilo que observamos nas vias públicas.

Quando dizemos parte do que observamos nas vias, isso mostra que apesar de ocasionar altos valores de arrecadação, o número de infrações ainda é superior a capacidade do órgão de trânsito fiscalizar.

O leitor do CamPitacos que transitou na cidade, certamente visualizou alguém a cometer uma infração de trânsito. 

Nos deslocamentos que fiz hoje, perdi a conta do número de pessoas ao celular, a avançar o sinal vermelho, estacionar de forma irregular em vagas preferenciais e de estacionamento regulamentado.
  
O que pode ter contribuído para esse aumento na arrecadação divulgado na matéria do jornal Cruzeiro do Sule é o desrespeito ao estacionamento rotativo regulamentado, a zona azul.

Em 2017 não havia a fiscalização do uso desse espaço como há hoje, essa é uma infração de natureza grave, com multa pecuniária no valor de R$ 195,23. 

Nos primeiros dias de fiscalização, praticamente havia a divulgação diária do número de autuações lavradas pelo desrespeito as condições de uso do estacionamento rotativo regulamentado, a zona azul.

De outra banda, os números apontados na reportagem são interessantes!

O que mais nos chamou a atenção foi o valor destinado à educação para o trânsito em uma cidade com quase 700 mil habitantes, cuja arrecadação total com autuações foi de quase 21 milhões de Reais.

Arredondados para cima, 310 mil Reais seria algo como investir R$ 0,44 por habitante em educação para o trânsito. Caso o cálculo fosse do valor pelo número de veículos registrados, teríamos R$ 0,62 por veículo.

É certo que as infrações, o desrespeito às regras existem, infelizmente, por esse motivo convido os condutores que nos leem, a quebrar essa "fonte de arrecadação", com o respeito as regras de trânsito.

Os benefícios serão sentidos mais adiante não no trânsito, mas na saúde pública que poderá atender melhor aqueles que precisam de atendimento.

A matéria, inteiro teor está no link abaixo:

https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba-e-regiao/arrecadacao-com-multas-aumenta-31-em-2018/




quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Atenção ao ouvinte!


Na coluna Mobilidade Urbana do dia 26/SET na Cruzeiro FM 92,3, respondemos ao questionamento da ouvinte Elizangela:





"Pergunte ao Renato Campestrini qual critério/ ou quando a Urbes acata a Lei Municipal 11628 de 12/2017?

Pois conforme orientação do próprio formulário de defesa da Urbes, tem os requisitos necessários para tal benefício juntamente como os documentos comprobatórios... Fiz a solicitação e meu pedido não foi atendido. Não é Lei???" - Elizangela _ bairro Campolim"

Em resposta à ouvinte dissemos: 

A lei 11628/2017 determina que o órgão de trânsito da cidade deve divulgar a possibilidade de conversão da multa em advertência por escrito, isso é realizado.

Já a conversão propriamente dita, é uma atitude discricionária da autoridade de trânsito, o Secretário de Mobilidade, em Sorocaba.

A autoridade de trânsito irá avaliar se a medida, com a análise do prontuário da Carteira Nacional de Habilitação - CNH do condutor, que deve acompanhar o pedido, é a mais educativa para o fato.

Como grande parte das infrações mais cometidas são de natureza leve ou média, e objeto de ações educativas pelos órgãos, a conversão da multa em advertência por escrito não ocorre.

Uma análise mais apurada aponta que entre 25 e 27 artigos do Código de Trânsito Brasileiro - CTB poderiam ser objeto da conversão da penalidade em advertência por escrito.

Exceder o limite de velocidade até 20%, estacionar em local proibido, por exemplo, são infrações sujeitas à advertência, mas que por questões de segurança, devem ser respeitadas pelos condutores a todo momento.



terça-feira, 25 de setembro de 2018

O fim!


Dia 25, e chegamos ao fim!




Como toda boa história, uma hora ela termina.

Iniciada no dia 18, após muitas ações a Semana Nacional de Trânsito, no "Dia do Trânsito" chega ao derradeiro dia.

Foi um período de debates, ações de norte ao sul do país, com a sensação de que a mensagem de conscientização foi transmitida. Muitos órgãos ou entidades executivos de trânsito realizaram eventos dignos de elogios.

A imprensa brasileira dedicou um bom espaço para as ações educativas, mostrou a importância para a população de se seguir as regras.

Na coluna Mobilidade Urbana na Cruzeiro FM 92,3, a cada dia abordamos um tema importante para a segurança viária. Pedestres, Ciclistas, Motociclistas, Condutores, Dia Mundial sem Carro, Legislação de Trânsito foram destaque na programação.

Felizmente em 2018 a Semana Nacional de Trânsito não foi palco de grandes tragédias no trânsito como nos anos anteriores, ainda que qualquer vida desperdiçada no trânsito seja uma tragédia, uma vez que ninguém espera perder um ente querido em um deslocamento para o trabalho ou lazer.

Alguns novos dados foram divulgados, como o que dá conta no aumento de 33% no número de condutores autuados no país pelo manuseio do celular ao volante.

No sábado dia 22, por conta da celebração do Dia Mundial sem Carro, até mesmo uma corrida de bicicletas com pedal assistido foi realizada entre os pilotos que competem na stock car Brasil. Todos os pilotos devidamente paramentados, como se competir de carros fossem, participaram do desafio.

No dia 23, domingo, foi celebrado o Dia Nacional do Agente de Trânsito, um profissional que é muito criticado por aqueles que desrespeitam as regras de trânsito, mas que são de suma importância para a preservação da vida.

Agentes de Trânsito não sentem satisfação em lavrar autuações, essa medida faz parte do exercício de suas tarefas diárias e cumprem aquilo que determina o Código de Trânsito Brasileiro - CTB

Inclusive 3 desse profissionais foram atropelados no sábado a noite no Distrito Federal durante a realização de uma blitz da lei seca, por um condutor supostamente embriagado.

Quase pagaram com a própria vida a preservação da vida alheia.

Acidente no Distrito Federal a parte, que os ensinamentos e boas práticas difundidos ao longo da Semana Nacional de Trânsito 2018, nos ajudem a viver um trânsito mais seguro e cidadão.

E que venha 2019!



segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Manuseio do celular e a caneta.


Na última sexta-feira conversamos com o repórter Pedro Villela da Agência Brasileira de Notícias - EBC, a respeito ao aumento das autuações pelo manuseio do celular ao conduzir.

O resultado final, a matéria, veiculada em grandes portais da imprensa nacional, está no link abaixo, esse do portal UOL.

A iluminar o dia.


O número de autuações por descumprimento da Lei do Farol dobrou entre 2017 e 2018 (janeiro a agosto).


A regra do farol aceso em rodovias completou dois anos com aumento no número de autuações.


A informação acima a nós apresentada pelo jornalista Rone Carvalho durante uma entrevista dentro da Semana Nacional de Trânsito 2018, nos motivou a falar do assunto aqui no CamPitacos.

O motivo desse aumento seria o fato do motorista ainda não se adaptar à regra?

Entendemos que pelo tempo que a regra entrou em vigor, o condutor já deveria ter se habituado a acender o farol durante o dia ao transitar em uma rodovia.

Talvez a sensação de que não seguir a regra não resultaria em autuações, explique esse aumento no número de autuações.

Vale destacar que muitos proprietários de veículos que transitam com frequência em rodovias, tão logo a norma tenha entrado em vigor, adaptaram sistemas em seus veículos que ao girar a chave no contato, o farol é aceso, essa foi uma medida positiva para evitar autuações por parte desse público.

Dados da Polícia Rodoviária Federal apontam que a regra do farol aceso em rodovias permitiu a redução no número de acidentes, em especial as colisões frontais (redução de 45%) que são causa de óbitos em 40 de 100 acidentes dessa natureza.
Esse é um dado importante para mostrar o quanto a medida é válida e não tem condão apenas de arrecadação como muitos costumam dizer.

Transitar com faróis acesos em rodovias segunda a revista 4Rodas aumenta em 500% a visibilidade do veículo que transita no sentido oposto, seja para o condutor ou para o pedestre que por algum motivo necessita cruzar uma rodovia sem passarela. Essa condição pode ser o diferencial entre a vida e a morte.

Atualmente nosso ordenamento não obriga faróis acesos dentro das cidades durante o dia, exceto nos locais que possuem tuneis, onde ele deve ser aceso. Vale destacar ainda que em rodovias que cortam cidades, devem existir placas educativas que indiquem onde os faróis devem ser acesos para evitar autuações.

Conforme determina a regra, a abordagem não se mostra necessária, outrossim, todo condutor deve transitar  com atenção e cuidados indispensáveis à segurança no trânsito, e dentro desse conceito, conhecer as normas, regras de segurança são essenciais para preservação da própria vida e a dos demais usuários das vias.

De outra banda, entendemos que ações educativas desenvolvidas devem sempre reforçar perante o condutor as necessidades e benefícios do cumprimento das regras de trânsito.



sexta-feira, 21 de setembro de 2018

B&B - Futura dupla de sucesso.

Dia 22 de setembro é o "Dia Mundial Sem Carro"!


Bicicleta e transporte público. Parceria de sucesso no futuro da mobilidade em Sorocaba? O tempo dirá.


Neste ano, a data, celebrada dentro da Semana Nacional de Trânsito, cai em um sábado.

Em Sorocaba, temos também agendado, o lançamento, o início das obras do tão esperado BRT – Bus Rapid Transit, ou Transporte Rápido por Ônibus.

O Dia Mundial sem carro é uma data importante, celebrada a muito tempo em outros países, alguns dos quais incentivam a aquisição de veículos mais limpos, mas que ainda assim, sofrem as consequências do excesso deles nas vias, algo que resulta em congestionamentos e emissões de poluentes acima do desejável.

Em 2017, por exemplo, Paris bateu o recorde de dias com o centro fechado a circulação de veículos em razão da concentração de poluentes. Uma moradora da cidade chegou a processar a Prefeitura por problemas de saúde em decorrência da poluição do ar.

No Brasil temos em vigor a Lei da Mobilidade Urbana que estabelece a prioridade para o meio de transporte coletivo e o não motorizado.

Em Sorocaba, administrações anteriores, de forma acertada, investiram na bicicleta como uma forma de realizar os deslocamentos.

Esse modal é o ideal para trajetos de até 8 quilômetros para pessoas até 50 anos, e que além da fluidez, contribui para a melhoria da qualidade do ar.

Sorocaba possui o sistema de uso compartilhado de bicicletas, de forma gratuita para usuários do transporte coletivo, e a integração entre eles é benéfica e utilizada por 30% dos usuários.

Uma pena que por razões ainda não bem esclarecidas, uma importante rota cicloviária da cidade, a ciclofaixa da Rua Paes de Linhares, que ligava a Zona Norte à Zona Industrial, foi extinta. 



A extinta ciclofaixa da Rua Paes de Linhares quando ainda estava ativa. Conforme a tinta preta apaga, o "tapete vermelho" retorna e com ele, os ciclistas.


Como a remoção da ciclofaixa se deu através da pior forma possível, com a aplicação de tinta preta no pavimento ao invés da fresagem ou aplicação de uma camada de pavimento, ela está "retornando" e o uso dela a cada dia se torna mais intenso por parte dos ciclistas, fato esse que ratifica o equivoco que foi a retirada da ciclofaixa.

Agora chegou o momento da cidade direcionar o investimento para o transporte público, sendo o BRT o projeto de maior relevância nessa área nos últimos anos e pelo que se ouve pela cidade, as pessoas estão ansiosas para conhecer como esse sistema irá funcionar, e nós também.

É bem provável que durante as obras para a implantação do BRT, transitar de bicicleta na região será uma alternativa mais rápida que com o uso do veículo automotor, resta saber como se dará o direcionamento das ciclovias no curso da obra, pois elas estão localizadas no canteiro central da avenida Itavuvú.
  
A escolha da data para início das obras provavelmente é uma forma de chamar a atenção para os dois aspectos da mobilidade, a de deixar o veículo em casa, e incentivar o uso do transporte coletivo, com a futura oferta do BRT.

É importante que as pessoas entendam isso, mas também precisamos que cada um de fato reveja a forma como realiza os deslocamentos pela cidade.

De nada vale um transporte de qualidade, algo que muitos alegam que se tivessem utilizariam mais, mas que posteriormente as pessoas fiquem a esperar que os vizinhos, os amigos utilizem, pois na realidade não se abre mão de utilizar o meio de transporte individual.

Ainda dentro da ótica do Dia Mundial sem Carro, é importante destacar também que precisamos rever a cidade que desejamos. Fico assustado quando ouço que há previsão da implantação de mais de 30 mil lotes só na Zona Oeste da cidade, quase na divisa com cidades da região.

Para minimizar os impactos dessa nova investida no crescimento da cidade, a implantação do sistema VLT é apontada como uma solução, mas esse assunto é tema para uma outra postagem.

Precisamos de uma cidade mais 3C, Compacta, Conectada e Coordenada, do que uma cidade 3D, Distante, Dispersa e Desconectada.

Uma cidade 3C incentiva que as pessoas deixem seus carros em casa, que possam realizar suas atividades de trabalho, estudo, lazer, a curtas distâncias e com a possibilidade de utilização de meios alternativos de transportes.

Mais de 9 milhões de brasileiros demoram mais de uma hora para chegar ao local de trabalho. O ideal seria que esse deslocamento levasse no máximo 30 minutos.

Em Sorocaba, a medida que a cidade cresce, já temos pessoas que estão nessa estatística de demorar mais de uma hora para chegar ao local de trabalho.

Nesse contexto, não nos surpreende que muitos deixem de lado a possibilidade de uso do transporte coletivo e busquem a aquisição do meio de transporte individual, em especial a motocicleta, scooters.

Nossa torcida ao final, é que o sistema venha a suprir uma necessidade da população e seja um diferencial importante.

As experiências com BRT implantadas no país, de acordo com o que apresentou a série “Em Movimento” do Canal Globonews, tem deixado bem a desejar, a única exceção apresentada foi o BRT de Curitiba, mas que em Sorocaba isso não aconteça.



quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A novidade que vem do Rio.

Época de eleições são propícias para o surgimento de algumas novidades, pérolas da criatividade por parte daqueles que detêm o PdC, o Poder da Caneta.



Carro escolar, a novidade da cidade do Rio de Janeiro. Foto: da internet



Nesse contexto, nos surpreendeu o anúncio de que na cidade do Rio de Janeiro, veículos com até sete lugares, foram liberados para prestar os serviços de transporte de escolares.

Se enquadram nessa categoria, por exemplo, veículos Chevrolet Spin, Fiat Doblò.

De acordo com a matéria veiculada no site do jornal "O Globo", a justificativa do chefe do executivo para adoção da medida seria "a necessidade de melhorias na exploração do serviço, e consequentemente, a ampliação das oportunidades de emprego".

O Decreto também estabelece que os automóveis podem ser utilizados, desde que tenham capacidade mínima para levar cinco estudantes sentados, fora o motorista e um auxiliar, o que totaliza sete pessoas no interior do veículo.

A despeito dos argumentos apresentados para justificar a medida, ela não se mostra a mais adequada, uma vez que em tese acaba por incentivar mais e mais veículos nas vias, quando as chamadas vans e micro-ônibus contribuem para tirar parte dos veículos de circulação e de tal forma proporcionam mais segurança, fluidez e melhoria na qualidade do ar.

Não é demais destacar que o Código de Trânsito Brasileiro - CTB dedica todo Capítulo XIII ao tema Condução de Escolares e determina requisitos que os veículos devem possuir para prestar os serviços,  são eles:

"Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto:

I - registro como veículo de passageiros;

II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança;

III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quarenta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas;

IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo;

V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas extremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha dispostas na extremidade superior da parte traseira;

VI - cintos de segurança em número igual à lotação;

VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabelecidos pelo CONTRAN."

Nossa torcida é que ao menos essas obrigações sejam mantidas para os "novos veículos" permitidos, o que daria à eles um visual similar ao do veículo da foto que ilustra a postagem e que estava na internet.

No tocante as obrigações do condutor, ao menos as determinações do artigo 138 do novel ordenamento foram mantidas.

Um tema importante em relação a essa possibilidade que surgiu na capital fluminense diz respeito ao uso de equipamentos de retenção adequados à idade das crianças.

Havia previsão de que os veículos prestadores de serviços teriam que possuí-los no início de 2017, mas tal obrigação foi suspensa, até que os veículos utilizados para o transporte de escolares viessem a possuir sistemas de ancoragem para que as cadeirinhas, assentos de elevação pudessem ser fixados nos veículos, atualmente muitos deles com cintos de dois pontos.

Veículos como Spin ou Doblò possuem meios de utilizar os dispositivos de retenção adequados a idade das crianças. 

Sendo assim, já que foi permitido prestar os serviços com tais veículos, eles deveriam já se adequar à norma e possuir cadeirinhas, assento de elevação para o transporte seguro das crianças.

Quando se trata de transporte de crianças, o assunto é sério e merece toda atenção e consideração das autoridades.

E agora é esperar se essa novidade irá se multiplicar pelo país ou será algo exclusivo da cidade do Rio de Janeiro.

A matéria que deu origem a esta postagem está no link abaixo:

Agência EBC

Ontem, tivemos a oportunidade de contribuir com a reportagem de Pedro Villela da Agência EBC de notícias, para falar um pouco a respeito do trânsito brasileiro, a importância de ações como a Semana Nacional de Trânsito.

No link abaixo, a matéria inteiro teor:

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Você sabia?

Fique sabendo!


É a sua semana!



Entre os dias 18 e 25 de setembro, é comemorada a Semana Nacional de Trânsito.



Mais uma Semana Nacional de Trânsito tem início, e busca chamar a atenção da sociedade para o tema.



Seja como pedestre, ciclista, condutor, todos estão envolvidos com o tema, diariamente! 

Essa é uma determinação prevista no artigo 326 Código de Trânsito Brasileiro, e busca chamar a sociedade, os órgãos ou entidades executivos de trânsito para o debate, para a reflexão para as problemáticas do tema.

Pensar o trânsito é mais que uma obrigação, é uma necessidade do nosso país nos doze meses do ano, mas uma semana especialmente destinada ao tema é importante.

O tema esse ano para que os órgãos de trânsito trabalhem é livre, mas sempre dentro do mote “Nós Somos o Trânsito”.

O trânsito brasileiro é uma das maiores causas de mortes de crianças, adultos em idade produtiva, causa reflexos significativos para a saúde pública, assistência e previdência social.

O país gasta por ano com acidentes de trânsito 52 bilhões de Reais! Uma morte no trânsito custa para a sociedade 600 mil Reais, isso sem contar a dor para quem perde um familiar, um amigo.

E apesar disso tudo, até o momento na campanha para os cargos eletivos, não se viu um só candidato a tocar no tema, exceto é claro, para falar da suposta "indústria de multas", tema esse que aos ouvidos da população soa como música, mas que na prática só afeta aqueles que não respeitam as regras de circulação e posturas previstas no Código de Trânsito Brasileiro - CTB.

Participe das ações da Semana Nacional de Trânsito no seu Município, tem muita gente a realizar coisas interessantes de norte a sul do país, importantes para a conscientização dos personagens do trânsito.



segunda-feira, 17 de setembro de 2018

Respeite o postinho!

Dias atrás no "Espaço Cidadão" da Cruzeiro FM 92,3Mhz, alguns ouvintes comentaram a respeito de uma suposta falta de sinalização que levava os condutores a estacionar em locais com pontos de parada do transporte coletivo, sinalizados somente com o poste, ou na linguagem técnica, com o marco de parada para embarque/desembarque.


Ainda que isolado, sem o reforço de sinalização horizontal, o ponto de parada do transporte coletivo deve ser respeitado.


Durante os comentários que chegaram a bancada da primeira edição do jornal, os ouvintes solicitavam um reforço na sinalização, e a consequente fiscalização.

Ainda que pertinente o reforço na sinalização, determinada medida não se faz algo necessário em todos os pontos de parada do transporte coletivo, indicados apenas com o poste/marco.

O fundamento para isso está na segunda parte do inciso XIII do artigo 181 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB que estabelece o seguinte:

"Art. 181. Estacionar o veículo:
I - ...
II - ...
XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto de embarque ou desembarque de passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência desta sinalização, no intervalo compreendido entre dez metros antes e depois do marco do ponto:
Infração - média (4 pontos);
Penalidade - multa (R$ 130,16)
Medida Administrativa - remoção do veículo." 

Portanto, quando procurar um local para estacionar seu veículo, preste atenção se aquele espaço vazio, tentador para um estacionamento em uma avenida movimentada, não é de fato um ponto de parada do transporte coletivo.

No vídeo abaixo, comentamos a respeito do tema:


Fique atento, respeite o "postinho".



sexta-feira, 14 de setembro de 2018

A placa jabuticaba.

No dia 11/SET o Estado do Rio de Janeiro iniciou a implantação a placa chamada padrão Mercosul. Foi o primeiro Estado a adotar o novo modelo de placa brasileira.


O novo padrão de placa brasileiro, inspirado no padrão Mercosul. Assim como jabuticas, são tem por aqui. - Foto: internet



A novidade abrange veículos zero quilometro e aqueles que trocam de propriedade ou precisam de alguma forma substituir as placas atuais.

O que se diz como placa padrão Mercosul, entendemos que na realidade é o novo padrão brasileiro, inspirado no Mercosul. Como jabuticabas, elas só existem aqui.

A justificativa para isso são os itens que foram agregados na nova placa brasileira que não existem nas placas da Argentina e Uruguai, por exemplo e que já são utilizadas a mais de ano.

Por aqui inseriram brasões de Estados e Municípios nas placas, algo não previsto nos demais países. O grau de refletividade previsto é inferior ao do modelo atual.

Os brasões, que custam, são dispensáveis, pois quando um agente da autoridade de trânsito, ou mesmo um sistema de fiscalização eletrônica flagra uma infração de trânsito, não há a necessidade no preenchimento do Auto de Infração, indicar o Município e o Estado, apenas os caracteres alfanuméricos.

No tocante a troca das placas, graças a ação de técnicos e instituições, houve a mudança da redação original que impunha a troca de placas para todos, ela ficou restrita para os veículos novos e aqueles usados que precisam realizar a transferência de propriedade ou troca de placas.
  
O prazo para adequação dos Estados ao novo padrão brasileiro é até 01/DEZ/2018. 

Quanto aos custos, se aventou que os valores seriam inferiores aos atuais, mas aparentemente isso não ocorreu.

A questão que causa estranheza e dúvidas diz respeito a razão do porque a implantação de forma tão urgente de algo que ficou tanto tempo adormecido. 

De outra banda, temos os lacres nas placas. Não havia previsão deles para esse modelo, mas informações dão conta que ainda estão em uso no primeiro Estado a implantar a nova placa brasileira.

Outro ponto está relacionado ao sistema de registro de infrações.

O novo modelo começou a ser implantado, mas os sistemas ainda não estão adequados para o registro de infrações no novo modelo.

Vamos considerar a hipótese de um veículo com a nova placa transitar no Estado de São Paulo e cometer uma infração, neste momento não será possível realizar o registro pela falta de adequação no software.

Serão tais veículos anistiados se a demora para adequação ultrapassar o prazo de 30 dias?

O aplicativo SINESP Cidadão, por exemplo, que permite ao cidadão consultar, checar a situação de um veículo, não abre a consulta para o novo modelo brasileiro.

É certo que mais dia menos dia os softwares de registros de autuações, talonários serão adequados ao novo padrão de placas brasileiro, mas entendemos que essa fase deveria vir antes da implantação das placas nos veículos.

Por esses motivos e por outros é que entendemos que a novela em relação ao tema placas padrão Mercosul/placa brasileira ainda não acabou.




quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Fique ligado!

Você é motociclista?

Conhece alguém que é?

Fique atento a essa dica, uma das principais causas de suspensão do direito de dirigir de condutores de motocicletas:



segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Pensa, respira e pedala!


Nos últimos anos, transitar nos grandes centros tem se tornado algo bem complicado.





Com a chegada da crise, que insiste em não ir embora, como falam alguns, só não chegamos no fundo do poço porque não paramos de escavar, as vias não entraram em colapso com o excesso de veículos, no entanto, a lentidão, congestionamentos ainda persistem e poderiam ser piores.

Estudos apontam que para cada automóvel vendido, o sistema viário deveria crescer seis metros. 

Nos bons tempos de atividade econômica no país, entre 2009 e 2014, em Sorocaba, isso representava uma Avenida Barão de Tatuí inteira, por semana de diante do número de veículos novos comercializados.

O resultado de tantos veículos em trânsito ao mesmo tempo todos conhecem, reclamam.

Felizmente a Administração da cidade a época optou por investir em um plano cicloviário, com vistas a chamar a atenção do cidadãos para a bicicleta como um veículo válido para os deslocamentos.

A primeira vista, a considerar a topografia da cidade, muitos técnicos, dentre os quais nos incluímos, torceram o nariz para essa opção, que mais adiante se tornou acertada, sendo Sorocaba, ainda hoje, conhecida nacionalmente como a cidade das ciclovias.

Com o advento da Lei da Mobilidade Urbana em 2012 a busca por formas alternativas de transportes ganhou um importante reforço. A Lei determina que o poder público deve priorizar os meios de transporte não motorizados e o transporte coletivo em detrimento do transporte individual.

É certo que tal imposição em uma nação como a nossa, crescida e criada tendo o automóvel como um simbolo de status, gerou revolta em parte da população que não admite que as vias públicas deixem de atender com prioridade apenas os automóveis, na maioria das vezes ocupados apenas pelo condutor.

Os reflexos do excesso de veículos nas vias não se apresenta apenas na lentidão, mas também na qualidade do ar que respiramos.

Diante disso, salta aos olhos a informação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP divulgada no "Em Movimento" da terça-feira, dia 04/SET/2018 e que a foto ilustra esta postagem que mostra que 31% das viagens de ônibus e 40% das viagens de carro poderiam ser pedaladas, algo que resultaria em uma economia de 34 milhões de Reais no SUS e evitaria 18% das emissões de carbono no meio ambiente.

Surge mais uma vez a bicicleta como uma aliada para a mobilidade sustentável, para auxiliar na melhoria da qualidade do ar que respiramos.

A bicicleta, de acordo com outro estudo, é o veículo ideal para trajetos de até 8 quilômetros para pessoas até 50 anos, um público vasto nos centro urbanos, que poderia deixar de lado o veículo automotor e melhorar a qualidade de vida com a prática da atividade física que a bicicleta proporciona.

Sendo assim, sempre que possível, pedale!

No Brasil, segundo dados da ABRACICLO, a frota de bicicletas é de 70 milhões de unidades, portanto, é grande a possibilidade de ter uma bicicleta em sua casa. Que tal utilizar?

Sorocaba e várias outras cidades do país já possuem o serviço de compartilhamento de bicicletas, e até mesmo a integração da bicicleta com o transporte coletivo, algo ainda mais positivo para a mobilidade urbana.

Eu adoro pedalar, ainda que o faça menos do que gostaria, no entanto, pratico a caminhada com frequencia e sempre que possível deixo o automóvel ou motocicleta guardados para realizar a pé meus deslocamentos, ocasião essa que aproveito para visualizar como é a convivência entre condutores e demais personagens no trânsito, mas esse tema, é para outra postagem aqui no CamPitacos.







Queijo suíço ou superfície lunar?

O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos ou entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. - Código de Trânsito Brasileiro - CTB, §2º do artigo 1º.



O queijo suíço se assemelha ao pavimento ou vice-versa na rodovia que leva Sorocaba a Piedade.



Determinada norma, localizada logo no início do CTB parece ter sido esquecida pelos responsáveis pela rodovia que faz a ligação entre Sorocaba e as cidades de Piedade, Tapiraí e Juquiá.

O pavimento mais se assemelha a um queijo suíço ou a superfície lunar tamanho o número de buracos, crateras no pavimento, sendo que em alguns casos desviar de um buraco significa cair em outro ainda pior.

A pista simples, reconhecidamente é um perigo para a segurança dos usuários, ainda mais pela demanda acentuada existente, no entanto, os riscos duplicam com a necessidade de desviar dos buracos.

O limite de velocidade regulamentado em maior parte da rodovia é 80Km/h, mas o risco de atingir um buraco a essa velocidade e ter um pneu cortado, danos na suspensão é considerável, e mesmo abaixo do limite as pancadas são secas.

Como essa rodovia é um dos caminhos para o Sul do país, através da BR-116 em Juquiá, o fluxo de veículos pesados é alto, muitos deles carregam cargas tão pesadas que se arrastam nos aclives existentes. 

A fiscalização está presente na rodovia com equipamentos medidores de velocidade e presença de agentes da autoridade de trânsito do Estado, mas o pavimento em boas condições seria importante para a segurança de todos, e resultaria em menos trabalho de atendimento à vítimas de acidentes eventualmente causados pelo pavimento ruim.

Como estamos em época que antecede as eleições, seria de bom grado prestar atenção nas propostas de duplicação e de melhoria na rodovia.

Enquanto isso não acontece, aqueles que vierem a ser prejudicados financeiramente com o pavimento ruim, a sugestão é cobrar das autoridades responsáveis o ressarcimento.



quinta-feira, 6 de setembro de 2018

O espaço é seu. Utilize!

Atendendo a sugestão da Maria Helena Amorim,  do Cruzeiro em Revista , em 92,3Mhz, uma dica para os motociclistas de Sorocaba. 



terça-feira, 4 de setembro de 2018

Mobility for Tomorrow


No mês de agosto, durante a celebração dos 60 anos da Schaeffler Brasil, localizada em Sorocaba com 3.500 colaboradores, tivemos a oportunidade de conhecer todas as ações do grupo voltadas à inovação.

Conhecido como um grupo referência em rolamentos, embreagens dentre outras peças da indústria automotiva, nos surpreendeu as ideias inovadoras para a chamada mobilidade para o amanhã que é o lema do grupo.

Também nos surpreendeu saber que dentro da planta, há um sistema de compartilhamento de bicicletas.

Qualquer funcionário pode utilizar uma das 27 espalhadas em dez estações, algo inovador e bem aprazível, pois o local em que a empresa está localizada é bem arborizado, florido.


Bicicletas para compartilhamento entre os funcionários - Foto: divulgação


Além do envolvimento com a Fórmula E em que o grupo em parceria com a Audi desenvolve todo o sistema de motorização elétrica, transmissão, outras soluções de vanguarda para a mobilidade nos foram apresentadas.

O Bio-híbrido, um veiculo de quatro rodas, a propulsão humana, com assistência elétrica com proteção climática que permite o deslocamento nos centro urbanos com conforto e permite que o usuário ainda pratique uma atividade física.


Bio-Híbrido, não tem como não desejar um! Foto: divulgação.


O Táxi Robô, veículos que não precisam de condutores, em que todos os componentes estão integrados nas rodas, de forma que otimiza o espaço e melhora o transporte urbano pelas suas características inovadoras de construção, são alguns exemplos do futuro da mobilidade que a empresa trabalha.


Táxi robô para o transporte de cargas e pessoas nos centros urbanos. - Foto: divulgação.


Se você acha que o grupo Schaeffler, um dos maiores criadores de patentes do mundo irá enveredar a produzir veículos, a resposta é não.

A intenção deles é continuar a contribuir com seus parceiros no desenvolvimento de novas tecnologias, sempre com o compromisso de utilizar no processo a melhor qualidade possível.

Podemos dizer que ao menos para o grupo Schaeffler a mobilidade para o amanhã já chegou, e o melhor, parte deste importante grupo está em Sorocaba.