quinta-feira, 7 de junho de 2018

Caçada insana

Ontem a tarde, ao voltar de um compromisso em São Paulo, o trânsito estava bem carregado na Castello Branco no trecho entre Barueri e Jandira.


Um Jaguar com um "as no" volante, a procura de uma presa na Castello Branco - Imagem: Internet


Uma das principais razões era um comboio de veículos de transporte de presos da Secretaria da Administração Penitenciária, contei dez, todos na faixa da esquerda, abaixo do limite máximo permitido para a via, algo que já complica com rodovia vazia, imaginem com ela repleta de caminhões.

Esse transtorno a parte, o maior absurdo mesmo foi o condutor de um Jaguar XE, preto, do modelo atual.

O cidadão, mesmo com todo aquele transtorno, veículos lentos na esquerda, caminhões nas faixas da direita e central, estava alucinado, queria passar todos a qualquer custo.

Quando ele chegou atrás do meu veículo, eu estava atrás de um Cruze e a ultrapassar um dos caminhões caçamba que estava na faixa central, e ao invés de guardar distância segura, ficou com seu veículo praticamente colado, como se fosse possível passar ali naquele espaço entre a grama e a linha de bordo da rodovia.

Tão logo tive a possibilidade, abri passagem e lá foi o cidadão, que ficou mais nervoso ainda imagino, quando um motociclista com uma CG160 passou entre os veículos, inclusive o dele, e seguiu em frente a toda.

A situação foi absurda, esse cidadão com o Jaguar, ia de uma faixa para outra "costurando", como se estivesse salvando alguém.

Em um desses desvios insanos, quase atingiu a traseira de um caminhão na faixa da direita que seguia lentamente.

Posteriormente ele sumiu da minha vista, felizmente sem causar um acidente.

A pergunta que fica em meio a todo o relato é: Precisava agir assim naquela situação?

Esse relato mais uma vez comprova a tese de que classe social não importa para diferenciar um comportamento seguro no trânsito.

Do jeito que ele fazia na rodovia de forma totalmente irregular, a todo momento, poderia se envolver em um acidente sério, com seu veículo ou algum dos caminhões que estavam na via, ou ainda atropelar um inocente em sua motocicleta de baixa cilindrada que realizava seu deslocamento de volta do trabalho.

É bem provável que o potente Jaguar que conduzia deve estar registrado em nome de uma pessoa jurídica, ou de um terceiro, pois a conduta visualizada era de um infrator contumaz, um risco para a segurança no trânsito.

A segurança no trânsito do Brasil é algo banalizado, não incomoda mais as pessoas visualizar um corpo caído inerte no chão em decorrência de um acidente, de uma postura inconsequente de alguém, isso é algo a lamentar.

Só resta aqui ficar na torcida para que o tal Jaguar preto, com seu "as no" volante, não venha a abater alguém nas vias do nosso país e a causar dor e tristeza para uma família.


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