quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Uma para muitos ou todo espaço para poucos?

Com alguma frequência, em especial quando há uma entrevista na rádio ou jornal, somos questionados a respeito de quão acertada seria a implantação de um sistema de ônibus rápido ou BRT em uma avenida como a Itavuvu e em outras vias da cidade.


Uma faixa exclusiva para muitos ou todo espaço para poucos?


Muitos dizem que o ideal seria abrir mais espaço para a circulação de veículos automotores, de forma a diminuir a lentidão, as dificuldades em transitar, ao invés de destinar uma faixa apenas para os ônibus, os quais nas palavras das pessoas, são cada vez menos utilizados.

Essa até pode ser uma verdade diante dos relatos dos usuários, citam casos de água entrando pelo teto em condições de chuvas, dificuldade de embarque em alguns horários, algo que de forma indireta acaba por incentivar o uso de outros modos de transporte, que vão do transporte por aplicativos em automóveis e na modalidade mototáxi, agora com outro nome por utilizar a tecnologia, ou ainda, migram para as motocicletas, motonetas como condutores.

Já conheci pessoas que migraram para a motocicleta, mas que fizeram isso a contragosto, por uma questão de necessidade de não perder tempo.

Apesar de parecer uma solução a abertura de novas faixas de rolamento, infelizmente tal procedimento não é o mais adequado, há exemplos no país e pelo mundo que comprovam isso.

O uso do transporte individual é incentivado cada vez mais quando se dá condições para isso, motivo pelo qual toda nova via, por maior, mais larga que seja, entregue para o trânsito de veículos, em pouco tempo está cheia, repleta de veículos automotores e com isso a lentidão, as dificuldades de circulação voltam a acontecer.

Vários especialistas costumam dizer que esse fenômeno se assemelha a pessoa que está acima do peso e afirma perder peso soltando o cinto da calça.

Para se acomodar nas vias da cidade o que se comercializa de veículos novos por semana, seria necessário criar uma Nogueira Padilha de ponta a ponta a cada sete dias, isso é inviável tanto pelo espaço físico necessário como pelos recursos que precisariam ser investidos.

Nosso país no passado optou pelo meio de transporte individual como forma de realizar os deslocamentos, incentivar a indústria nacional de veículos automotores e até hoje para muitos o automóvel é visto como um símbolo de status, mas precisamos rever isso, e assim, opções como o BRT, VLT – veículo leve sobre trilhos, e até mesmo os trens para viagens intermunicipais ganham importância para a fluidez das vias e para o meio ambiente que também é muito afetado pelos efeitos nocivos do trânsito.

A ideia com a implantação do BRT é que as pessoas deixem os veículos em casa e utilizem o sistema que apesar de utilizar ônibus, tem outra concepção de funcionamento. 

Atualmente os sistemas de Curitiba e Uberlândia são citados como exemplos de BRT no país, Sorocaba pode ser destaque também uma vez que a gestão será toda a cargo da operadora.

É certo que muitos alegam que os custos do transporte coletivo são elevados, mas com a adesão cada vez maior da população ao serviço, quem sabe o valor não possa chegar a um patamar mais adequado?

Isso só o tempo dirá!

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