Um dos pontos que o Governo Federal tem se destacado diz respeito ao trânsito.
Não digo isso do ponto de vista das propostas apresentadas em lives pelo Facebook, em postagens diversas em encontros com a imprensa, ou com a apresentação do projeto de lei número 3.267/2019.
Ao dar o destaque para as questões do trânsito no país, o Governo colocou o bode na sala. Foto: Internet
O destaque ocorre ao dar enfase para um tema, trânsito, que raramente foi objeto de abordagem por parte de um Presidente da República.
É certo que as propostas apresentadas carecem de rigorosa avaliação, algumas medidas apresentadas são descabidas uma vez que colocam o país no sentido oposto às boas práticas para a segurança viária, mas, o que importa é que o tema ganhou destaque.
Quem milita na área de trânsito está acostumado ao debate dos inúmeros projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional.
Uma "passeada" na página da Comissão de Viação e Transportes - CVT, por exemplo, irá mostrar quantas propostas existem em tramitação para mudar as regras de trânsito. Há projetos de lei que tratam do mesmo assunto, com abordagens totalmente opostas.
A realidade dos fatos é que junto com o tema política, previdência social, seleção masculina e feminina de futebol, o noticiário, a boca do brasileiro ganhou um novo tema para debates acalorados.
Isso é muito bom, pois abre espaço, ainda que ao custo de algumas críticas injustas, para que os profissionais, especialistas e técnicos da área possam compartilhar informações com demais membros da comunidade.
Apesar da onipresente alegação da existência da "indústria de multas", quando tratamos de um tema técnico como o trânsito, os dados e estudos existem para mostrar a realidade dos fatos para as pessoas, como o que aponta que para cada infração lavrada, outras dez mil passam despercebidas pois não é possível a fiscalização estar presente em todos os lugares ao mesmo tempo.
É ainda mais relevante debater o tema trânsito, quando tanto se fala na reforma da previdência, e se tem nos acidentes de trânsito uma das principais causas de afastamento do trabalho ou de invalidez permanente, que lança pessoas em idade produtiva, da condição de contribuinte para a de dependente do sistema.
Quanto ao andamento das propostas, elas devem seguir o rito processual, as entidades ligadas ao tema estão a se mobilizar para mostrar quais propostas podem prosperar, e quais devem ser esquecidas, mas o importante, frisamos novamente, e como diz o bom e velho ditado popular, é que o "bode está na sala".
Que possamos enfim vivenciar novos bons tempos no trânsito do país e que ao final a técnica e o bom senso prevaleçam.
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