segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Avanços e retrocessos.

E novamente estamos na fase vermelha do Plano São Paulo de combate a COVID19.


Plano São Paulo - atualização de 22/JAN/2021.


Nos meios de comunicação, inúmeros relatos de gente de paciência esgotada, a dissertar em relação aos estragos que a medida representa no plano econômico, para os empregos.

Concordamos que é um momento difícil, em todos os aspectos. 

É triste ver que a muito custo algumas doses de vacina foram disponibilizadas, e ficamos na angústia em saber quando teremos acesso a nossa dose, não para livrar do vírus, mas reduzir os riscos dos efeitos de um eventual contágio.

Enquanto isso não acontece como desejado, assistimos, assim como no trânsito, condutas inadequadas na prevenção.

Hoje mesmo enquanto parte das pessoas reclamava do efeitos do fechamento do comércio, outros relatavam a quantidade de pessoas ainda sem mascara nas ruas.

Ouvimos e lemos as alegações de que o governo não deveria intervir nessa questão de abrir ou não os estabelecimentos e que caberia a cada um zelar pela segurança dos usuários, clientes.

Isso é algo complicado, e mais uma vez nos socorremos ao trânsito para mostrar o quanto isso é delicado.

Temos no trânsito regras de circulação e condutas voltadas a preservação da vida, e o que assistimos diariamente nas vias é o desrespeito deliberado ao sinal vermelho de parada, conversões proibidas, retornos irregulares, condução manuseando o celular e por aí afora.

Em ambos os casos, as ações de cada um repercutem na sociedade, no ônus para todos suportarem em razão das escolhas.

Na situação em comento, a lotação de leitos hospitalares, que o trânsito por si só já consegue utilizar 60% dos disponíveis. Com a pandemia, em várias situações beiramos a lotação completa. 

Ainda precisamos que o Estado intervenha, seja no trânsito, seja na prevenção da pandemia, para incentivar as pessoas a cuidar da própria vida, por mais absurdo que isso venha a parecer.

Enquanto escrevia essas poucas linhas, vi em uma rede social uma imensa aglomeração de pessoas, todas sem máscaras, por ocasião da reabertura de uma quadra de esportes em um bairro de São Paulo, organizada por um influenciador digital em que houve jogo de futebol com times, pagode, distribuição de bebidas e churrasco para quem foi até o local, em um exemplo claro de como as regras de distanciamento social não são devidamente respeitadas.

E antes que digam que nossa argumentação se dá por estarmos "tranquilos" no exercício das atividades profissionais, pelo contrário, também estamos no rol daqueles que precisam de clientes, de trabalhos externos para gerar renda e sofremos o impacto como qualquer outro.

Espero que um dia nossa percepção dos riscos, da necessidade de preservar a vida mude, para o bem da sociedade, para o bem do país.



Nenhum comentário:

Postar um comentário