quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Palavras que agradam, resultados que entristecem.

Durante a pior fase da pandemia de COVID19 no país, entre os meses de MAR/2020 a AGO/2021, muitos serviços para o cidadão ficaram  suspensos, tiveram prazos interrompidos, prorrogados, justamente para evitar aglomerações, ou que as pessoas saíssem de suas casas.

A despeito disso tudo, podemos dizer que mesmo nessa chamada fase "mais aguda" da pandemia, as pessoas não deixaram de trabalhar, de buscar o seu sustento, pois para muitos não há meios de bancar a própria subsistência sem colocar os pés para fora de casa.

A grosso modo, podemos dizer mesmo que apenas no mês de MAR/2020 o país chegou a parar, para logo na primeira semana de abril retomar as atividades.

O medo de contaminação, levou muitas pessoas a abandonar o transporte coletivo, migrar para os modos de transporte individuais como o automóvel, a motocicleta, ou até mesmo a bicicleta, mas, foi sensível o aumento no número de veículos motorizados nas vias, em especial após o mês de AGO/2020.

Também naqueles primeiros meses da pandemia no país, o valor do litro da gasolina chegou a custar no final de abril, início de maio, menos de três Reais em um dos postos de combustíveis confiáveis perto de casa e isso estimulou muita gente a utilizar o modo de transporte individual.

E, nessa toada, primeiro com vias totalmente liberadas e posteriormente com mais pessoas a conduzir, o número de desrespeito às regras de trânsito se manteve ou até mesmo aumentou em algumas localidades, em especial pela falsa sensação de que a fiscalização não estaria acontecendo em razão do momento, visto que o envio das notificações para a casa das pessoas estava suspenso.


Durante a pandemia, os prazos estiveram interrompidos ou suspensos.

Os prazos para envio das notificações registradas entre 15/MAR a 30/NOV/2020 foi retomado em JAN/2021 e seguiu um calendário até o mês de setembro deste ano, no entanto, em MAR/2021 novamente os prazos foram suspensos ante uma nova onda do vírus.

Mas, como bem divulgou a imprensa, no período o número de sinistros de trânsito aumentou, tivemos um acréscimo no número de óbitos em algumas categorias em particular, pelo fato de estarem ligadas às entregas quando ninguém, em tese poderia sair de casa.

É preciso destacar que o trânsito brasileiro sempre esteve entre uma das principais causas de mortes no país, de pessoas em idade produtiva, e com a chegada da pandemia ele assim permaneceu, sendo que em 2020 quase 31 mil pessoas perderam a vida, muitas das quais poderiam ter sido preservadas se alguns equívocos, deslizes no cumprimento das normas não tivessem ocorrido.

Costumamos afirmar que todo sinistro de trânsito é uma infração que deu errado, quem acompanha páginas nas redes sociais como a "Oficial Não Foi Acidente", "Realidade do Caminhoneiro" dentre outras no Instagram, observa que muitos sinistros graves ou fatais poderiam ter sido evitados com um comportamento mais prudente, com o respeito às regras básicas como o respeito ao sinal vermelho, a placa de parada obrigatória, ao sentido de circulação da via, o respeito ao limite de velocidade dentre outras condutas classificadas como irregulares a luz do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.

Com a retomada dos prazos, os órgãos ou entidades executivos de trânsito passaram a encaminhar as notificações para a casa dos proprietários do veículos e isso resultou em sustos, pois o suposto "não dá nada", na verdade, deu!

Em minha cidade, no espaço quinzenal "Mobilidade Urbana" que ocupamos na rádio Cruzeiro FM 92,3 várias vezes fizemos alertas e incentivamos o voluntário e total respeito às normas de trânsito, pois o envio estava interrompido, mas a fiscalização não, sendo que outros profissionais também seguiram a mesma linha de orientação e educação.

Eis que nos causa espanto a leitura da matéria abaixo (link), de um jornal do Estado do Rio de Janeiro, a qual destaca que os Deputados apresentam uma proposta de cancelamento das autuações lavradas durante a pandemia:

https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro/2021/11/6282678-alerj-pede-cancelamento-de-multas-de-transito-aplicadas-durante-pandemia.html

Com a devida vênia aos argumentos apresentados pelo nobre parlamentar, eles não se sustentam.

A chamada "indústria da multa", comprovadamente não existe, existe sim e produz inúmeros mortos e feridos graves, a "indústria da dor e da morte" em razão dos sinistros de trânsito.

Outrossim, em praticamente todos órgãos ou entidades executivos de trânsito, o que se arrecada com as multas, em comparação com o que se gasta no atendimento das vítimas, dos sinistros que resultam em mortes, é infinitamente menor.

Não obstante, o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN em suas ações que resultaram na interrupção/suspensão dos prazos e de sua posterior retomada, teve o zelo de permitir que o cidadão autuado pudesse exercer plenamente seu direito de defesa, de recurso, conforme preconiza a Legislação.

É importante frisar que a competência do CONTRAN para interromper ou suspender prazos foi contestada na Justiça por alguns órgãos de trânsito e foi ratificado o seu poder de assim agir através de Resoluções, Deliberações, diante de um cenário pandêmico e daquilo que o CTB estabelece.


Primeiro calendário da retomada do envio das notificações interrompidas durante o ano de 2020.

O que podemos ter a certeza é que nosso ordenamento tem retroagido, em alguns aspectos, com possíveis impactos na segurança viária vez que beneficia o infrator em detrimento do bom condutor e isso consequentemente pode resultar no aumento no número de mortos e feridos graves.

Desejamos que a propositura em comento, para bem dos bons condutores, da sociedade, a maior prejudicada pelo comportamento inadequado de alguns, seja arquivada.  


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Verdades nada secretas.

Para quem trabalha na área de trânsito, não existe choque de realidade maior do que transitar por rodovias federais durante a noite e analisar como caminha nossa Legislação.

Só em 2021 o Código de Trânsito Brasileiro - CTB passou por duas alterações, uma em ABR/2021, por força da Lei nº 14.071/2020 e outra em OUT/2021, com alguns itens para entrar em vigor no decorrer de 2022.

Além de tais ordenamentos, temos também em vigor a Resolução número 798/2020 do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN que alterou significativamente as formas pelas quais se realiza a fiscalização eletrônica de velocidade.

Também por parte do Governo Federal, se ouviu muito demonizar a fiscalização de velocidade com o uso dos equipamentos medidores de velocidade, atribuindo a eles uma suposta "indústria de multas", ou "multagem" para utilizar literalmente o termo utilizado.

Equipamento medidor de velocidade fixo que se destaca na escuridão, coisas do Brasil.


Inclusive se chegou a aventar diminuir o número de tais equipamentos em operação nas rodovias federais, entretanto, nas rodovias que utilizamos no trajeto SP - SC - SP, o número de fixo aumentou, já os de portáteis, reduziu muito.

Mas aí se transita pelas BRs a noite, madrugada e o que se vê é um mundo bem distante daquele do comercial de margarina que nossos Legisladores apresentam nas defesas de seus projetos de Lei que flexibilizam as regras de trânsito.

São veículos leves e pesados a toda velocidade, com reduções pontuais de velocidade apenas nos pontos de fiscalização, veículos com placas ilegíveis, ou até mesmo, sem placas.

Isso quando não nos deparamos com motocicletas na contramão de direção, ou até mesmo, caminhões...

Esse descompasso da nossa Legislação com a realidade das vias só nos prejudica em relação a preservação da vida, objetivo maior de todo órgão ou entidade executivo de trânsito.

As autuações são apenas uma consequência desses atos impensados que colocam em risco a vida de terceiros e a dos próprios condutores.

E infelizmente, a medida que o tempo passa, os registros de sinistros ficam mais frequentes, se torna comum passar em alguns trechos de rodovias e se deparar com equipes de limpeza a retirar destroços de veículos ou de cargas que ficaram espalhados pela via. 

Quando se trata do tema trânsito, no Brasil não podemos mais pensar em medidas com forte apelo populista, que agradam as pessoas em detrimento da segurança do coletivo.


Desrespeito às regras por todos os cantos, sem qualquer constrangimento.


Dentro das cidades, o desrespeito ao sinal vermelho é uma das principais infrações de trânsito visualizadas, mas não registradas face a dificuldade de se ter um agente da autoridade de trânsito ou um controlador de avanço em cada semáforo.

Ainda temos muito à evoluir para vivenciarmos um trânsito mais seguro, mas certamente optar por formas mais flexíveis e tolerantes não ajudam nesse trabalho de mudar cultura e comportamentos.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Segurança não é passageira, ela deve conduzir.

Sinistros de trânsito com ônibus não são tão incomuns como as pessoas imaginam.

Com base em dados do Estado do Ceará, a Jornalista Theyse Viana do jornal "Diário do Nordeste" nos procurou para conversar a respeito.

Sendo assim, dentro da matéria cujo link está abaixo, é possível ler parte do resultado de nossa conversa.

https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/metro/alem-de-fortaleza-veja-quais-sao-as-cidades-com-mais-acidentes-de-onibus-em-brs-que-cortam-o-ceara-1.3153427




sexta-feira, 29 de outubro de 2021

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Subindo!

O excesso de velocidade é um dos principais fatores de riscos no trânsito, inúmeros estudos comprovam isso.

O remédio para tentar incentivar o respeito por parte dos condutores é a fiscalização eletrônica de velocidade.

Em Sorocaba/SP, apesar da utilização exclusiva de equipamentos medidores de velocidade do tipo fixo, os registros de infrações em decorrência do excesso de velocidade tem aumentado.

Esse foi o tema da conversa com a Jornalista Virgínia Valio do jornal Cruzeiro do Sul do domingo 24/OUT.

Clique no link e confira, deixe seu comentário a respeito do tema:


https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/noticias/2021/10/682008-dom-aguirre-e-a-via-de-sorocaba-com-mais-multas-aplicadas-por-excesso-de-velocidade.html





quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Unidunite, o escolhido foi...

E a cidade de Sorocaba está as voltas com um novo tema para chamar a atenção da população: a destinação de uma área para a implantação de uma necessária, e a muito tempo esperada, nova rodoviária.


Rodoviária de Sorocaba mais uma vez é destaque.


Não é de hoje que esse assunto faz parte das discussões do dia a dia da cidade, mas nesse ano de 2021, um fato novo, a eventual escolha do Bairro de Santa Rosália para abrigar tal empreendimento deu calor ao debate.

A Administração se posicionou pela utilização de uma área localizada as margens da Avenida Dom Aguirre, próximo a rodovia José Ermírio de Moraes, a Castelinho.

Alega que a escolha se dá para facilitar o acesso/saída dos ônibus, sem a necessidade do trânsito deles pelas vias do Município.

Ocorre que o Plano Diretor já possui a previsão de local para implantação desse empreendimento na região das Rodovias Celso Charuri e a própria Castelinho, com pré-estudo da viabilidade desenvolvido na elaboração do Plano.

Alega a municipalidade em respostas à imprensa, que tem estudos que indicam a possibilidade de uso da área no Santa Rosália.

Sem qualquer bairrismo de nossa parte, entendemos que o local sugerido pela Administração nesse novo momento, não comporta um empreendimento desse perto.

Atualmente, somente com o volume de tráfego existente nos chamados horários de pico, já se tem dificuldades de circulação, lentidão, o que poderia se agravar com os novos veículos a transitar no trecho, seja nas viagens intermunicipais, interestaduais.

Aos nossos olhos, o ideal de fato é a escolha de uma nova área, preferencialmente sem imóveis próximos, para que aqueles que porventura venham a ocupar o entorno da rodoviária, o façam já sabendo da sua existência.

Outro ponto é que o local indicado no Plano Diretor, permite a integração dos ônibus com rodovias importantes do Estado, permitindo que tenham acesso sem grandes deslocamentos para tanto.

Certo é que esse debate ainda irá render muito na cidade.

Seguimos!

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Ao vivo e em cores!

Durante a Semana Nacional de Trânsito 2021 (18 a 25/SET), participamos de várias entrevistas para veículos da imprensa, com a abordagem de temas diversos relacionados à legislação de trânsito e segurança viária.

Dentre essas ações, tivemos a oportunidade de participar ao vivo de um link com a TV Tem, afiliada Rede Globo para algumas regiões do interior de São Paulo.

Foi uma experiência bem legal, pois até uma travessia de pedestres rolou em uma via bem movimentada da cidade de Votorantim.

Ao final, tudo deu certo e a informação transmitida.

Clique no link para assistir ao conteúdo:

https://globoplay.globo.com/v/9884661/


Registro com a equipe da TV Tem.


segunda-feira, 20 de setembro de 2021

SNT 2021 - SENATRAN, PNATRANS e afins.

No dia 18 de setembro teve início mais uma Semana Nacional de Trânsito, prevista no artigo 326 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB com o tema: "No trânsito, sua responsabilidade salva vidas".

Pelo país afora, os órgãos ou entidades executivos de trânsito estão a realizar atividades para celebrar a data, chamar as pessoas à reflexão.

Na esteira dessas celebrações, no dia 16 de setembro o Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN deixou de existir, dando lugar a Secretaria Nacional de Trânsito - SENATRAN, alteração essa que elevou o grau de importância da gestão do trânsito no território nacional.

A SENATRAN foi dividida e três Departamentos (Gestão de Política de Trânsito, Segurança no Trânsito e Regulação e Fiscalização) para facilitar os debates dos temas com os principais personagens.

Também dentro do período, foi publicada a Resolução número 870 do Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, com vistas a estabelecer o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito, o PNATRANS, com vigência a partir do dia 23/SET/2021.

São movimentações essas em busca de dar maior importância ao tema, a despeito de que em alguns casos, a gestão do trânsito em alguns órgão não sejam pautadas pela técnica, mas sim pela política, equívoco esse que pode resultar em danos inestimáveis para a sociedade, para os circunscritos.

Paralelo a isso, dentro do nosso amor ao tema e compromisso de informar, elaboramos alguns vídeos abordando temas polêmicos do trânsito para suscitar o debate e propagar informações.

Alguns desses vídeos podem ser conferidos nos links abaixo, em nosso canal do YouTube.

Clique, assista, compartilhe, pois são informações de grande interesse de muitos.

Passagem no canteiro central:

https://www.youtube.com/watch?v=X1aTdozxs7s&t=7s 


Parada para travessia de pedestres em faixas não semaforizadas:

https://www.youtube.com/watch?v=9R5u16RjjUE


Uso da motocicleta:

https://www.youtube.com/watch?v=M8ERVMcyzxI




segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Irritante sinfonia.

Não há incomodo maior que ruídos desnecessários durante a noite, madrugada, em especial quando tais ruídos são provenientes de veículos automotores ou dos equipamentos de som neles instalados.


Escapamentos irregulares são proibidos e prejudicam o bem estar das pessoas. Foto: internet



O ruído dos escapamentos de motocicletas, independentemente da cilindrada são os campeões de reclamações em vários bairros da cidade, inclusive, sendo objeto de uma importante e inovadora ação de fiscalização por parte do Poder Público com o auxílio da Policia Militar, Secretaria do Meio Ambiente, CETESB dentre outros órgãos que aplicam a legislação ambiental para os que são flagrados em condições irregulares.

As ações de fiscalização deram certo e hoje o número de motocicletas com escapamentos irregulares diminuiu significativamente.

Contribuiu muito para o sucesso da empreitada o fato de que a multa ambiental pelo uso do escapamento irregular é de quase R$ 2.500,00 enquanto a autuação do Código de Trânsito Brasileiro - CTB não chega aos R$ 200,00.

Por outro lado, também motocicletas com escapamentos originais, mas sem o filtro de ar podem incomodar, exemplo disso foi o que vivenciei na madrugada do domingo 12 para a segunda 13/SET/2021.

Mais ou menos por volta da 01h50 da madrugada, começamos a ouvir de longe, motociclistas a acelerar até "tirar de giro" o motor de seus veículos, num claro exemplo de desrespeito ao próximo, visto o avançado da hora, em uma segunda-feira normal, e as regras, pois não há necessidade desse tipo de comportamento.

Provavelmente esse ato estava sendo realizado em algum ponto nas imediações do bairro, pois vez ou outra se ouvia som alto, quase sempre um ruído que alguns dizem se tratar de um tipo de música e não uma sequencia de palavrões.

Essa celebração seguiu madrugada adentro, e por volta das 04h ainda era possível se ouvir.

É certo que as autoridades constituídas realizam frequentes operações para combater essas práticas, mas é lamentável observar os rumos que nossa sociedade vem tomando em relação aos desrespeitos, e infelizmente a triste prática é tão corriqueira que faltam profissionais para combater essas ações por toda cidade, não se trata de uma situação concentrada, ela é nômade. 

Acelerar motocicletas a toda, durante o dia já seria uma atitude reprovável, mas isso durante a madrugada, em que idosos, crianças, pessoas doentes tentam descansar, e mesmo os trabalhadores terem de conviver com isso em plena segunda-feira faltam palavras para classificar os atos equivocados.

Apesar dos pesares, é preciso que ao presenciar comportamentos como esses mais próximos, possamos denunciar às autoridades para que com registros em mãos, possam agir para coibir os abusos.

Se há abusos com aceleração, música alta, não é difícil constatar que outras irregularidades podem se fazer presentes como consumo de bebida alcoólica e condução, tráfico de entorpecentes dentre outros. 

Não se pode é perder as rédeas da situação, pois do contrário, será difícil voltar atrás e proporcionar paz e merecido descanso para as pessoas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2021

Ciclistas, 30%.

Comentários em relação aos dados de sinistros com ciclistas, veiculados em matéria do Caderno Mobilidade do jornal Estado de São Paulo.

Clique no link, assista, é curto, deixe o seu positivo:





quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Mudanças!

O Decreto n° 10.788/2021 de 06/SET/2021 alterou as atribuições do Ministério da Infraestrutura, e de tal forma, isso envolve a gestão do trânsito no território nacional. 

De acordo com aqueles que possuem vivência em Brasília, esse movimento visa fortalecer a gestão do trânsito no país, não com a implantação de uma autarquia como se aventou no passado, com sua autonomia funcional, mas já significa um avanço.

Isto posto, fica assim estruturada a Secretaria Nacional de Trânsito, em substituição ao Departamento Nacional de Trânsito  - DENATRAN: 

Art. 30. À Secretaria Nacional de Trânsito, órgão máximo executivo de trânsito da União, cabe exercer as competências estabelecidas no art. 19 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro.

Art. 31. Ao Departamento de Gestão da Política de Trânsito compete:
I - administrar, propor e atualizar as funcionalidades dos sistemas informatizados de responsabilidade da Secretaria;
II - fornecer aos órgãos e às entidades do Sistema Nacional de Trânsito - SNT informações sobre registros de veículos e de condutores, de modo a manter o fluxo permanente de informações com os demais órgãos do referido Sistema;
III - analisar os pedidos de autorização de órgãos e entidades públicos, privados ou sem fins lucrativos, de acesso aos sistemas e subsistemas informatizados da Secretaria;
IV - acompanhar os processos de cadastramento de veículos por parte das montadoras e fabricantes, diretamente no Registro Nacional de Veículos Automotores - Renavam, e dos importadores independentes, por meio da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da Economia;
V - controlar a liberação das séries numéricas dos Certificados de Registro e Licenciamento de Veículos e da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - apoiar os demais Departamentos na formulação e na identificação de requisitos técnicos para os sistemas e subsistemas a serem desenvolvidos para a Secretaria;
VII - organizar e coordenar reuniões periódicas com os coordenadores responsáveis pelos sistemas informatizados de responsabilidade da Secretaria, junto aos órgãos e às entidades integrantes do SNT, a fim de verificar necessidades de implementações e adequações dos sistemas à regulação;
VIII - estabelecer a comunicação entre os órgãos e as entidades integrantes do SNT, de modo a promover a troca de dados e informações eletrônicas;
IX - elaborar anuário estatístico de trânsito;
X - analisar e manifestar-se sobre as propostas de integração de sistemas externos aos sistemas administrados pela Secretaria;
XI - coordenar as câmaras temáticas do Contran relacionadas à sua área de atuação;
XII - propor acordos de cooperação técnica e parcerias com órgãos e entidades da administração pública, entidades privadas, organizações sem fins lucrativos e organismos internacionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes à administração dos sistemas da Secretaria, à estatística, à gestão e ao planejamento de trânsito;
XIII - representar a Secretaria nos assuntos relacionados aos sistemas, à estatística, à gestão e ao planejamento de trânsito em agendas nacionais e internacionais;
XIV - supervisionar a implementação de projetos e programas relacionados com sistemas, estatística, gestão e planejamento de trânsito, com vistas à uniformidade de procedimento;
XV - cumprir e fazer cumprir outras determinações estabelecidas pelo Secretário;
XVI - administrar:
a) o Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito - Funset,
b) a cota-parte do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres - DPVAT; e
c) os demais recursos destinados à Secretaria;
XVII - coordenar a administração da arrecadação de multas e dos repasses de que tratam o § 1º do art. 320 da Lei nº 9.503, de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro, e a legislação sobre arrecadação de multas de trânsito;
XVIII - acompanhar, fiscalizar, orientar e controlar a aplicação dos recursos repassados pela Secretaria a outros órgãos da administração pública estadual, municipal e distrital, a entidades privadas e sem fins lucrativos e a organismos internacionais, além de analisar as respectivas prestações de contas;
XIX - analisar os pedidos para fins de credenciamento e atuação de entidades interessadas em arrecadar multas de trânsito e demais débitos relacionados a veículos, de acordo com a legislação;
XX - acompanhar políticas, programas, planos e projetos priorizados pela Secretaria e realizar a avaliação física e financeira desses instrumentos;
XXI - coordenar a elaboração dos planos estratégicos e acompanhar a execução dos programas e projetos da Secretaria;
XXII - coordenar e supervisionar os procedimentos para elaboração e acompanhamento de contratos de receitas e despesas, convênios, acordos e instrumentos congêneres e auxiliar na elaboração de editais;
XXIII - elaborar a proposta orçamentária, os seus ajustes e as solicitações de créditos adicionais e desenvolver atividades de acompanhamento e execução orçamentária e financeira no âmbito da Secretaria;
XXIV - coordenar o processo da elaboração, do monitoramento, da avaliação e da revisão do plano plurianual, da consolidação das informações que irão compor o relatório de gestão, da elaboração da mensagem presidencial e da prestação de contas da Presidência da República, no âmbito da Secretaria;
XXV - manter registro e controle das entidades, produtos e dispositivos autorizados, credenciados e homologados pela Secretaria;
XXVI - manter e atualizar o cadastro de todos os órgãos e entidades integrados ao SNT;
XXVII - coordenar e auxiliar, no âmbito da Secretaria, na interlocução dos assuntos relacionados à transparência, à ética, à ouvidoria e à correição entre as unidades responsáveis do Ministério e os órgãos de controle interno e externo; e
XXVIII - coordenar, supervisionar e executar, no que couber, as atividades de comunicação administrativa, serviços gerais, administração de pessoal, documentação, protocolo, patrimônio e materiais da Secretaria.

Art. 32. Ao Departamento de Segurança no Trânsito compete:
I- auxiliar o Secretário no planejamento e na coordenação das ações de segurança, educação e saúde para o trânsito e na fiscalização do cumprimento das normas de trânsito pelos órgãos ou pelas entidades de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, relacionados a sua área de atuação;
II - analisar e propor a elaboração das normas de padronização das soluções de segurança veicular para fabricação, montagem, distribuição e baixa de veículos, consoante a sua destinação;
III - propor normas de padronização das soluções de engenharia de tráfego e de sinalização de trânsito em articulação com os órgãos de engenharia viária, no âmbito da União e dos demais órgãos e entidades do SNT;
IV - analisar, propor alterações e atualizar os manuais e as normas de projetos de implementação da sinalização e dos dispositivos ou equipamentos de controle de trânsito aprovados pelo Contran;
V - elaborar e propor o estabelecimento de procedimentos para a homologação de veículos e para a concessão do código específico de marca-modelo-versão dos veículos para efeito de registro, emplacamento e licenciamento;
VI - subsidiar o processo de emissão de certificados, homologações e credenciamentos relacionados à sua área de atuação;
VII - emitir pareceres técnicos sobre segurança veicular, engenharia de tráfego e sinalização de trânsito;
VIII - subsidiar os processos de licenciamento de instituições técnicas de inspeção veicular e de engenharia;
IX - supervisionar a implementação de projetos e programas relacionados a segurança veicular, engenharia de tráfego, sinalização, educação e saúde para o trânsito;
X - coordenar as câmaras temáticas do Contran relacionadas à sua área de atuação;
XI - propor acordos técnicos e parcerias com órgãos e entidades da administração pública, entidades privadas, organizações sem fins lucrativos e organismos internacionais com vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes a segurança veicular, engenharia de tráfego, sinalização, educação e saúde para o trânsito;
XII - representar a Secretaria nos assuntos relacionados a segurança veicular, engenharia de tráfego, sinalização, educação e saúde para o trânsito em âmbito nacional e, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, internacional;
XIII - articular-se com os órgãos de defesa dos consumidores para a análise das denúncias de defeitos em veículos que ofereçam risco à saúde ou à segurança das pessoas e para o acompanhamento das campanhas de chamamento;
XIV - planejar, desenvolver e divulgar aos entes do SNT as orientações sobre políticas, programas, planos e projetos de educação para o trânsito e assuntos de saúde relacionados à habilitação do condutor e avaliar e apresentar os resultados das atividades desenvolvidas;
XV - subsidiar a Secretaria na interlocução junto ao Ministério da Educação para a implementação de programas continuados de educação para o trânsito nos estabelecimentos de ensino básico e superior do País;
XVI - subsidiar a Secretaria na interlocução junto ao Ministério da Saúde para a implementação de programas voltados à saúde no trânsito;
XVII - apoiar o desenvolvimento de programas de pós-graduação em educação e saúde para o trânsito junto às instituições de ensino superior do País e promover a divulgação dos resultados de suas pesquisas científicas;
XVIII - fomentar a realização de eventos de educação para o trânsito e promover, anualmente, o Encontro Nacional de Educadores do Sistema Nacional de Trânsito e do Prêmio de Segurança Viária;
XIX - subsidiar o Secretário e os demais Departamentos da Secretaria com informações técnicas relativas aos processos de credenciamento de entidades e de homologação de produtos ou serviços nas áreas de saúde e educação para o trânsito; e
XX - prestar informações e esclarecimentos à sociedade acerca de matérias de competência da Secretaria e difundir as ações de segurança e educação para o trânsito, principalmente:
a) planejar e coordenar, em articulação com a Assessoria Especial de Comunicação, a gestão das ações de divulgação institucional e de utilidade pública da Secretaria;
b) elaborar e atualizar, em articulação com a Assessoria Especial de Comunicação e os demais Departamentos, a gestão da comunicação institucional e de utilidade pública; e
c) coordenar, em articulação com a Assessoria Especial de Comunicação e os demais Departamentos, as respostas às demandas de imprensa relativas aos assuntos de competência da Secretaria.

Art. 33. Ao Departamento de Regulação e Fiscalização compete:
I - subsidiar de informações técnicas a instrução da defesa da União em processos judiciais relacionados às normas de trânsito e outros processos de interesse da Secretaria;
II - manifestar-se tecnicamente sobre proposições legislativas em matéria de trânsito submetidas à Secretaria;
III - acompanhar e orientar a integração dos órgãos e das entidades de trânsito do SNT;
IV - analisar e emitir pareceres técnicos pertinentes à municipalização e à articulação entre os órgãos do SNT;
V - auxiliar o Secretário no planejamento e na coordenação das ações de fiscalização no cumprimento das normas pelos órgãos ou pelas entidades de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
VI - prestar esclarecimentos aos demais Departamentos acerca da interpretação da legislação de trânsito em articulação com a Consultoria Jurídica;
VII - supervisionar a implementação de projetos e programas relacionados com o policiamento e a fiscalização do trânsito, com vistas à uniformidade de procedimento;
VIII - analisar, consolidar e encaminhar para manifestação dos demais Departamentos as alterações na legislação de trânsito;
IX - analisar previamente os processos de elaboração e revisão de normas da Secretaria;
X - submeter à análise do Secretário, quando necessário, os processos referentes a:
a) questões normativas a serem aprovadas pelo Contran;
b) pareceres técnicos sobre as proposições legislativas de interesse do SNT;
c) estudos e propostas de solução relativas aos casos omissos na legislação de trânsito;
d) propostas de estudos e pesquisas sobre normas complementares à legislação de trânsito e seus resultados; e
e) orientações aos demais órgãos e entidades integrantes do SNT quanto à aplicação da legislação de trânsito;
XI - instruir os processos relacionados ao Contran;
XII - manifestar-se tecnicamente e acompanhar os processos submetidos à Consultoria Jurídica do Ministério sobre matérias relativas ao Contran e à Secretaria;
XIII - coordenar as câmaras temáticas do Contran relacionadas à sua área de atuação;
XIV - auxiliar no planejamento e na coordenação das reuniões preparatórias do Contran;
XV - representar a Secretaria nos assuntos relacionados à normatização e fiscalização de trânsito em âmbito nacional e, em articulação com o Ministério das Relações Exteriores, internacional;
XVI - supervisionar a organização, a atualização e a publicidade dos atos normativos do Contran e da Secretaria; e
XVII - assessorar e subsidiar tecnicamente as autoridades do Ministério integrantes ou convidadas a participar das reuniões do Contran.




sexta-feira, 3 de setembro de 2021

Uma visão do futuro!

Uma das atividades do curso Mobilidade em Transformação que estamos cursando, propôs imaginar nossa cidade em 2050, através dos olhos de uma mobilidade sustentável.


Nossa visão foi mais ou menos assim:


Quem poderia imaginar que em 2050, eu poderia vivenciar coisas que sonhei em 2021, durante o curso de Mobilidade Urbana em Transformação?


É tão bom sair na frente de casa e verificar que as calçadas todas são acessíveis, permitem que todos possam se deslocar com suas bicicletas com pedal assistido, a pé ou com os veículos urbanos compartilhados, fornecidos pela Prefeitura mediante uma taxa extra no IPTU-M. (M de Mobilidade).


Nos orgulha muito notar que nosso trabalho em prol da segurança viária surtiu efeito e dificilmente alguém morre no trânsito da cidade, quando muito, alguém sofre uma lesão leve por uma queda boba de bicicleta.

A criação do VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos, com o uso dos antigos trilhos da estrada de ferro foi uma decisão acertada, pois nos permitiu nos deslocar pela cidade de forma rápida, tranquila, silenciosa, apreciando a linda paisagem com céu mais azul e frondosas árvores nas vias, agora sem mais postes e fiações penduradas, tudo subterrâneo.


E pensar que em 2021, 2022 nosso céu era esbranquiçado de tantas queimadas, as árvores derrubadas.


Como eu já imaginava lá em 2021, realmente não foi possível no Brasil abdicar dos veículos com motores a combustão, mas o uso de veículos híbridos com uma maior eficiência energética do etanol permitiu reduzir as emissões de poluentes, e para quem viaja distâncias consideráveis, onde o trem de alta velocidade ainda não chega, ficou algo menos complexo. 


Ah como adoro viajar em nossas rodovias seguras, com menos veículos pesados, individuais, só mesmo por quem ainda sente prazer em fazer isso. Quando dirigir longas distâncias cansa, o sistema autônomo do meu Honda cumpre a tarefa para mim.


Fico feliz ainda que o nosso país tomou um forte rumo de crescimento sustentável, com a população escolhendo candidatos honestos e comprometidos a pontos de praticamente não se ter mais miséria ou pessoas passando fome. Aquele fundo do poço do final de 2021 foi essencial na mudança que vivemos hoje.


Vou aproveitar e mandar uma mensagem para apascentar o coração angustiado do meu eu de 2021. Dizer que ainda faremos muito pelo trânsito do nosso país, e ajudaremos na criação de uma cidade, um país melhor, que até mesmo cidadãos dos Estados Unidos anseiam vir viver no Brasil de 2050.


Bem, hora de ir tomar um café, hábito esse que mesmo no futuro, não deixamos de apreciar! 





sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Desinteresse ou nova fase?

Convidado pelo jornalista Rone Carvalho do "Diário da Região", comentamos a respeito da redução do interesse dos jovens em obter a Carteira Nacional de Habilitação no Estado de São Paulo.

No link abaixo é possível conferir a matéria publicada:


Ainda em relação ao tema, comentamos na ocasião:

"Em um cenário em que cada vez mais a tecnologia toma conta, com a cada vez mais próxima chegada do veículo autônomo, com novos modos de transporte capazes de realizar deslocamentos sem a presença de um condutor físico, com a ideia da mobilidade urbana não mais como atrelada a propriedade de um veículo, mas como um serviço dentro do conceito MaaS que reúne a oferta de múltiplos prestadores de serviços, permitindo ao usuário escolher a melhor forma para se deslocar, não é possível estabelecer um parâmetro de que menos condutores é bom ou ruim para o trânsito.
É importante frisar também que cada vez mais se difunde os conceitos de cidades de 15 minutos, mais compactas, conectadas, coordenadas, em que as pessoas podem realizar suas tarefas em distâncias percorridas nesse período de tempo o que pode levar alguns a também a abrir mão de possuir uma CNH ou um veículo automotor."





segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A proteção que falta!

É de amplo conhecimento que sinistros de trânsito com o envolvimento de motociclistas, quase sempre resultam em lesões para eles. A depender da velocidade empregada, podem ser lesões leves, graves e até fatais.

Como já observamos em alguns estudos, em casos práticos que acompanhamos, poderiam ser evitados com a adoção de medidas de segurança por parte dos usuários das motocicletas, e também por alterações na infraestrutura urbana, rodoviária, que de forma até involuntária, ignora os veículos motorizados de duas rodas.

Para solucionar ou minimizar os riscos de tais eventos, é preciso um esforço conjunto entre condutores com mudança de comportamentos, poder público e todos aqueles que possuem competência em relação a segurança viária.


Sistema de proteção para motociclistas em defensas metálicas já em utilização no exterior. Imagem: internet.


Um tema que sempre desperta atenção em relação a essa mudança, uma forma de aumentar a segurança para os usuários de veículos de duas rodas diz respeito as defensas metálicas, algo que eu como motociclista tenho muito medo de "encontrar" pela frente em uma eventual queda.

Quando transitamos de motocicleta em rodovias, é comum utilizarmos vestimentas de segurança como jaquetas, calças, sapatos e luvas com proteções, para minimizar os efeitos de uma queda, uma vez que ninguém está isento disso.

Ao utilizar tais equipamentos de proteção, a tendência é que eles permitam ao usuário da motocicleta deslizar em caso de queda.

Ocorre que em determinados casos, ao cair, deslizar, o condutor ou passageiro da motocicleta pode ter a infelicidade de atingir uma coluna de sustentação da defensa metálica, e o que poderia salvar uma vida, na realidade pode potencializar a lesão e até mesmo causar o óbito.


Sistema de defensas metálicas utilizadas em uma rodovia brasileira com fluxo considerável de motocicletas


Aqueles que tem nervos de aço e estomago forte não se importam em ver as imagens de pessoas que perderam a vida dilacerados em tais colunas, que para atender fielmente sua função, devem estar implantadas em uma profundidade considerável.

Preocupado com isso, a Espanha, um país com forte uso da motocicleta, com muitos pilotos vencedores no motociclismo de velocidade, desenvolveu há alguns anos, uma campanha, com envolvimento dos grandes astros do motociclismo inclusive, pela mudança na forma como são implantadas as defensas metálicas, com propostas de dispositivos para evitar que motociclistas sejam lesionados ou mortos em decorrência do choque com as colunas.

Algumas então passaram a possuir mais uma lâmina metálica, para evitar o choque, ou ainda, em materiais como policarbonato, que tem a função de reduzir de forma mais suave o impacto do corpo com o dispositivo.

Citamos o caso da Espanha, mas há outros países do mundo que já utilizam essa solução (e algumas outras para impedir que o motociclista caia em outra pista, por exemplo) em benefício da preservação a vida dos usuários de veículos de duas rodas.

Equipamentos de proteção para motociclistas são importantes, mas podem não ser o suficientes em determinados casos.


No Brasil, em nossas andanças pelos Estados do Sudeste, Sul, ainda não tivemos a oportunidade de visualizar a utilização de tais equipamentos nas vias urbanas ou rurais (rodovias), mas é algo que já poderia estar disponível, ao menos nas vias com maior fluxo de veículos de duas rodas.

É importante salientar que somente exigir do motociclista o uso de vestimentas de proteção não é o suficiente para preservar vidas, mas também um forte trabalho preventivo na infraestrutura.

Quando se trata de preservar vidas, uma que seja, não se tem despesas, mas investimentos com retornos garantidos.
 


Redução positiva!

Contribuição com a matéria de Kally Momesso para o Jornal Cruzeiro do Sul.

A despeito dos dados positivos no tocante à redução no número de sinistros, vítimas no mês de julho de 2021 em comparação com julho de 2020, no acumulado do ano os números estão subindo, o que é preocupante.

Como dissemos na entrevista, o ideal é que a redução experimentada no mês de julho de 2021 se mantenha ao longo dos demais meses do ano, ainda que parte da queda nos indicadores esteja atrelada a grave crise econômica que vivenciamos.

Clique no link para acessar a matéria:

https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/noticias/2021/08/678042-detran-rms-tem-queda-de-100-nos-obitos-em-acidentes-com-bicicletas.html


A expectativa é que a redução verificada nos sinistros no mês de julho, se prolongue pelos demais meses.


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Eletricidade em alta!

Ao transitar nas rodovias do país, e ao realizar paradas para reabastecimento do veículo ou descanso, temos observado nos maiores postos de combustíveis, a colocação de pontos de recarga para veículos elétricos ou híbridos.


Em algumas rodovias pelo país, recarregar veículos elétricos ou híbridos não tem custo.


Rodovias como as BRs 101 e 116 no trecho entre São Paulo e  Santa Catarina, já possuem tais pontos, quase sempre bancados pelas montadoras premium.

Nos chama a atenção que são rodovias que geralmente o público mais abastado, com condições de possuir tais veículos, utiliza com menor intensidade, tanto que nos frequentes deslocamentos que realizamos, ainda não visualizamos um veículo plugado ao ponto de recarga, talvez por isso a "gentileza" para chamar  a atenção dos demais usuários.

Essa fato nos leva a refletir se em um país como o Brasil, a eletrificação da frota é realmente uma medida acertada, por suas características peculiares como o valor praticado para a venda de veículos elétricos ou híbridos, a ausência de fontes geradoras de energia limpa em número suficiente para atender essa nova demanda, uma vez que novamente em 2021 nos vemos as voltas com uma nova crise hídrica que pode afetar o abastecimento de água e a geração de energia.

Nos países da Europa, já com a contagem regressiva acionada para retirar de circulação os veículos movidos a combustíveis fósseis, é comum ler ou ouvir os relatos de que a energia é gerada a custa da queima de carvão, de energia nuclear, que afetam o meio ambiente como os veículos normais ou podem representar um risco de contaminação.

Temos por aqui o etanol, que em outras épocas tinha também a queima da cana como um pênalti, mas que aparentemente foi superado, e poderia ser trabalhado mais intensamente para ser mais eficiente no tocante ao rendimento em quilometragem percorrida, ainda hoje uma desvantagem em relação a gasolina.

Também se ouve falar muito na célula de hidrogênio que é limpa, rende bem e seria mais adequada que a energia elétrica para movimentar nossos veículos.

É certo que até chegarmos nesse novo momento dos combustíveis no país ainda muita gasolina será queimada, inúmeros debates acalorados devem acontecer, e provavelmente quando um nova alternativa surgir e vier a ser disponibilizada para a maior parte da população, os custos serão similares ao dos combustíveis fósseis, e com um rendimento igual ou ainda menor.

Aí então, será a hora de puxarmos pela memória as lembranças de que um dia, as margens de uma grande rodovia do país, a energia para veículos elétricos ou híbridos era fornecida de graça.

E você, já parou para pensar a respeito disso?


sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Sorocaba. Três meia sete na Mobilidade!

367 anos da nossa querida Sorocaba, e nos cabe fazer uma análise da Mobilidade Urbana da aniversariante.


Vias para todos, independentemente do modo de transporte utilizado. Um desafio que ainda se mantém.
 

Como toda cidade que experimentou um grande crescimento nos últimos anos, cada vez mais é um exercício de paciência para as pessoas se deslocarem com seus modos de transportes individuais.

 

Mesmo dentro de um período de pandemia, essa condição se impõe diante de inúmeras pessoas que deixaram o modo de transporte coletivo, com medo de infecção da COVID19.

 

Medo esse que de certa forma acabou por influenciar também na percepção das pessoas em relação a possibilidade de utilização mais intensa do sistema de ônibus rápido – BRT em operação com dois corredores a disposição da população.

 

É comum ouvir pessoas a reclamar que o espaço dedicado para o trânsito do ônibus nas avenidas Itavuvu e Ipanema, poderiam ser ocupados pelos demais veículos, mas a intenção de um sistema desses é incentivar que as pessoas migrem para o transporte coletivo, uma forma de melhorar a fluidez das vias e a qualidade do ar que respiramos, pois a capacidade de transporte de passageiros do sistema, poderia retirar muitos veículos das vias.

 

E por falar em meio ambiente, ainda hoje a aniversariante do dia 15 de agosto é conhecida nacionalmente como uma cidade das ciclovias, das bicicletas, dado o tamanho de sua rede cicloviária, uma das maiores do país entre as cidades que não são capitais. O modo de transporte ativo que também ganhou muitos adeptos na pandemia, ainda que a cidade momentaneamente tenha suspendido a oferta das bicicletas públicas compartilhadas, que tinham uma integração significativa com o transporte coletivo.


Integração modo de transporte coletivo + ativo, algo que precisa ser retomado na cidade.
 

Integração essa que nos leva a lembrar que muitos desses usuários das bicicletas públicas eram pedestres, que viam nas bicicletas uma forma de ganhar tempo em seus deslocamentos pela cidade, com o aproveitamento da rede cicloviária, e que nos remete a lembrar que a mobilidade do pedestre, o elo mais fraco da cadeia do trânsito ainda precisa de uma maior atenção, com a oferta de calçadas em bom estado de conservação, para que o ato de caminhar seja seguro, confortável e acessível independentemente da condição do cidadão.

 

São aspectos de uma cidade que continua crescendo e pode avançar ainda mais na mobilidade e na qualidade de vida.

Parabéns, Sorocaba!


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Reduziu, mas continua.

Os dados da plataforma InfoSiga do Governo do Estado de São Paulo para a cidade de Sorocaba, foi tema de uma longa entrevista para o repórter Vinicius Camargo do Jornal Cruzeiro do Sul.

Parte daquilo que conversamos está na matéria cujo link está na sequencia.

Clique, leia:






sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Correria!

Em resposta a alguns de nossos seguidores, não abandonamos o CamPitacos e graças a Deus está tudo bem conosco. 

Tiramos alguns dias para descansar o corpo e a mente, e com isso algumas questões ficaram acumuladas e demandam nossa atenção.

Semana que vem retornamos por aqui com nossas abordagens dos últimos acontecimentos em matéria de trânsito, mobilidade urbana.

Até porque, não se pode abandonar esse blog que no mês passado mais uma vez bateu seu recorde de visualizações, alcançando quase 16 mil!

Fico feliz em saber que há quem sentiu falta de atualizações, dos nossos comentários por aqui, muito obrigado!

#seguimos




sexta-feira, 23 de julho de 2021

Descolado!

No último dia 17/JUL foi inaugurado em Sorocaba/SP o viaduto "Fernando Dini Neto", umas das primeiras obras de arte da cidade que "descolou" o viário para que não necessite de uma interseção semaforizada e com isso os deslocamentos podem ser realizados mais brevemente.

Foi uma obra muito esperada pelos usuários das vias e sua inauguração ocorreu com toda pompa e circunstância com a presença de deputados federais, estaduais, vereadores e familiares do homenageado.

Acompanhamos o evento, as falas das autoridades, mas nossa atenção mesmo estava voltada a observar os deslocamentos realizados na parte inferior do viaduto.

Enquanto o evento acontecia, três pequenos sinistros de trânsito ocorreram diante da novidade que as mudanças colocadas em operação representaram para os condutores.

Isso nós faz refletir como a novidade impacta na vida das pessoas. 

Após tantos anos com as pessoas acostumadas a parar na interseção semaforizada da Rua Hermelino Matarazzo X Rua José Joaquim Lacerda, com a supressão da abertura de passagem e impossibilidade de utilizar o viaduto, muitos ficavam perdidos em qual direção seguir, apesar de faixas a indicar o sentido a ser seguido.

Também para os pedestres as mudanças levaram alguns a realizar a travessia fora da faixa, logo após o paredão de sustentação do viaduto, em uma situação de risco pela visibilidade limitada do condutor.

Ainda tratando em relação aos pedestres, dias após a inauguração do viaduto, o acesso para pedestres nele foi fechado com uma extensão do gradil, o que leva a toda movimentação sem a utilização de um modo de transporte não motorizado a ser realizado por baixo.

Ao transitar no local no período normal, observamos que o entrelaçamento de quem vem da Rua Maciel Baião para acessar o viaduto, se não contar com uma colaboração de quem vem pela Avenida Ipanema, pode ter dificuldades para acessar o viaduto sem "queimar" a sinalização horizontal.

Com o passar do tempo, tudo acaba se acertando no uso do novo dispositivo, o qual esperamos venha a atender plenamente aos anseios dos usuários das vias.


Desde o dia 17/JUL, Sorocaba passou a contar com uma nova obra de arte para a mobilidade urbana.