Ao transitar nas rodovias do país, e ao realizar paradas para reabastecimento do veículo ou descanso, temos observado nos maiores postos de combustíveis, a colocação de pontos de recarga para veículos elétricos ou híbridos.
Rodovias como as BRs 101 e 116 no trecho entre São Paulo e Santa Catarina, já possuem tais pontos, quase sempre bancados pelas montadoras premium.
Nos chama a atenção que são rodovias que geralmente o público mais abastado, com condições de possuir tais veículos, utiliza com menor intensidade, tanto que nos frequentes deslocamentos que realizamos, ainda não visualizamos um veículo plugado ao ponto de recarga, talvez por isso a "gentileza" para chamar a atenção dos demais usuários.
Essa fato nos leva a refletir se em um país como o Brasil, a eletrificação da frota é realmente uma medida acertada, por suas características peculiares como o valor praticado para a venda de veículos elétricos ou híbridos, a ausência de fontes geradoras de energia limpa em número suficiente para atender essa nova demanda, uma vez que novamente em 2021 nos vemos as voltas com uma nova crise hídrica que pode afetar o abastecimento de água e a geração de energia.
Nos países da Europa, já com a contagem regressiva acionada para retirar de circulação os veículos movidos a combustíveis fósseis, é comum ler ou ouvir os relatos de que a energia é gerada a custa da queima de carvão, de energia nuclear, que afetam o meio ambiente como os veículos normais ou podem representar um risco de contaminação.
Temos por aqui o etanol, que em outras épocas tinha também a queima da cana como um pênalti, mas que aparentemente foi superado, e poderia ser trabalhado mais intensamente para ser mais eficiente no tocante ao rendimento em quilometragem percorrida, ainda hoje uma desvantagem em relação a gasolina.
Também se ouve falar muito na célula de hidrogênio que é limpa, rende bem e seria mais adequada que a energia elétrica para movimentar nossos veículos.
É certo que até chegarmos nesse novo momento dos combustíveis no país ainda muita gasolina será queimada, inúmeros debates acalorados devem acontecer, e provavelmente quando um nova alternativa surgir e vier a ser disponibilizada para a maior parte da população, os custos serão similares ao dos combustíveis fósseis, e com um rendimento igual ou ainda menor.
Aí então, será a hora de puxarmos pela memória as lembranças de que um dia, as margens de uma grande rodovia do país, a energia para veículos elétricos ou híbridos era fornecida de graça.
E você, já parou para pensar a respeito disso?
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