Com alguma frequência recebemos questionamentos em relação
a um eventual excesso de vagas destinadas para o estacionamento de idosos e
pessoas com deficiência nos chamados polos geradores de tráfego, shoppings,
hipermercados e demais estabelecimentos do gênero.
Cabine de pedágio para idosos e gestantes. Proposta que tramita na Câmara dos Deputados. Imagem: internet
Essa impressão existe por conta da legislação que trata do
tema, o chamado Estatuto do Idoso, a Lei de Acessibilidade, Lei da Inclusão que
determinam um percentual de 5% das vagas para idosos e 2% para pessoas com
deficiência ou mobilidade reduzida.
Determinadas vagas devem estar
localizadas próximo aos acessos principais dos empreendimentos.
Para garantir que tais vagas sejam respeitadas, o Conselho
Nacional de Trânsito – CONTRAN editou as resoluções 303 e 304/2008 e instituiu
uma credencial que deve ser usada no veículo quando a pessoa detentora do
direito é transportada ou conduz um veículo automotor.
Não é necessário que ela seja habilitada para utilizar a vaga, basta que esteja sendo transportada.
Desrespeitar as vagas preferenciais foi uma infração de
natureza leve, passou a grave e hoje é gravíssima, mas ainda assim é comum
observar veículos estacionados em condição irregular, sem a credencial, e essa
mudança de enquadramento ocorreu com vistas a incentivar e garantir o direito
para as pessoas.
Nessa esteira, surgiu na Câmara dos Deputados um projeto de
lei número 4079/2019, o qual visa estabelecer atendimento exclusivo e
individualizado aos idosos e gestantes nos pedágios das rodovias federais e
estaduais, mas tal projeto, infelizmente comete uma falha grave, não fala de pessoas com deficiência.
Determinada propositura nos leva a um exercício de tentar imaginar como seria esse atendimento em praças de pedágios, a medida que os idosos, gestantes, e pessoas com deficiência, que também são dignas de tal atendimento, seriam atendidas, vez que estão a bordo de um veículo.
Apesar da boa intenção do autor da propositura, ao contrário
das vagas de estacionamento, o tratamento diferenciado nos pedágios é algo
difícil de ser viabilizado.
Vamos acompanhar o andamento da proposta no Congresso Nacional.
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