sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Desinteresse ou nova fase?

Convidado pelo jornalista Rone Carvalho do "Diário da Região", comentamos a respeito da redução do interesse dos jovens em obter a Carteira Nacional de Habilitação no Estado de São Paulo.

No link abaixo é possível conferir a matéria publicada:


Ainda em relação ao tema, comentamos na ocasião:

"Em um cenário em que cada vez mais a tecnologia toma conta, com a cada vez mais próxima chegada do veículo autônomo, com novos modos de transporte capazes de realizar deslocamentos sem a presença de um condutor físico, com a ideia da mobilidade urbana não mais como atrelada a propriedade de um veículo, mas como um serviço dentro do conceito MaaS que reúne a oferta de múltiplos prestadores de serviços, permitindo ao usuário escolher a melhor forma para se deslocar, não é possível estabelecer um parâmetro de que menos condutores é bom ou ruim para o trânsito.
É importante frisar também que cada vez mais se difunde os conceitos de cidades de 15 minutos, mais compactas, conectadas, coordenadas, em que as pessoas podem realizar suas tarefas em distâncias percorridas nesse período de tempo o que pode levar alguns a também a abrir mão de possuir uma CNH ou um veículo automotor."





segunda-feira, 23 de agosto de 2021

A proteção que falta!

É de amplo conhecimento que sinistros de trânsito com o envolvimento de motociclistas, quase sempre resultam em lesões para eles. A depender da velocidade empregada, podem ser lesões leves, graves e até fatais.

Como já observamos em alguns estudos, em casos práticos que acompanhamos, poderiam ser evitados com a adoção de medidas de segurança por parte dos usuários das motocicletas, e também por alterações na infraestrutura urbana, rodoviária, que de forma até involuntária, ignora os veículos motorizados de duas rodas.

Para solucionar ou minimizar os riscos de tais eventos, é preciso um esforço conjunto entre condutores com mudança de comportamentos, poder público e todos aqueles que possuem competência em relação a segurança viária.


Sistema de proteção para motociclistas em defensas metálicas já em utilização no exterior. Imagem: internet.


Um tema que sempre desperta atenção em relação a essa mudança, uma forma de aumentar a segurança para os usuários de veículos de duas rodas diz respeito as defensas metálicas, algo que eu como motociclista tenho muito medo de "encontrar" pela frente em uma eventual queda.

Quando transitamos de motocicleta em rodovias, é comum utilizarmos vestimentas de segurança como jaquetas, calças, sapatos e luvas com proteções, para minimizar os efeitos de uma queda, uma vez que ninguém está isento disso.

Ao utilizar tais equipamentos de proteção, a tendência é que eles permitam ao usuário da motocicleta deslizar em caso de queda.

Ocorre que em determinados casos, ao cair, deslizar, o condutor ou passageiro da motocicleta pode ter a infelicidade de atingir uma coluna de sustentação da defensa metálica, e o que poderia salvar uma vida, na realidade pode potencializar a lesão e até mesmo causar o óbito.


Sistema de defensas metálicas utilizadas em uma rodovia brasileira com fluxo considerável de motocicletas


Aqueles que tem nervos de aço e estomago forte não se importam em ver as imagens de pessoas que perderam a vida dilacerados em tais colunas, que para atender fielmente sua função, devem estar implantadas em uma profundidade considerável.

Preocupado com isso, a Espanha, um país com forte uso da motocicleta, com muitos pilotos vencedores no motociclismo de velocidade, desenvolveu há alguns anos, uma campanha, com envolvimento dos grandes astros do motociclismo inclusive, pela mudança na forma como são implantadas as defensas metálicas, com propostas de dispositivos para evitar que motociclistas sejam lesionados ou mortos em decorrência do choque com as colunas.

Algumas então passaram a possuir mais uma lâmina metálica, para evitar o choque, ou ainda, em materiais como policarbonato, que tem a função de reduzir de forma mais suave o impacto do corpo com o dispositivo.

Citamos o caso da Espanha, mas há outros países do mundo que já utilizam essa solução (e algumas outras para impedir que o motociclista caia em outra pista, por exemplo) em benefício da preservação a vida dos usuários de veículos de duas rodas.

Equipamentos de proteção para motociclistas são importantes, mas podem não ser o suficientes em determinados casos.


No Brasil, em nossas andanças pelos Estados do Sudeste, Sul, ainda não tivemos a oportunidade de visualizar a utilização de tais equipamentos nas vias urbanas ou rurais (rodovias), mas é algo que já poderia estar disponível, ao menos nas vias com maior fluxo de veículos de duas rodas.

É importante salientar que somente exigir do motociclista o uso de vestimentas de proteção não é o suficiente para preservar vidas, mas também um forte trabalho preventivo na infraestrutura.

Quando se trata de preservar vidas, uma que seja, não se tem despesas, mas investimentos com retornos garantidos.
 


Redução positiva!

Contribuição com a matéria de Kally Momesso para o Jornal Cruzeiro do Sul.

A despeito dos dados positivos no tocante à redução no número de sinistros, vítimas no mês de julho de 2021 em comparação com julho de 2020, no acumulado do ano os números estão subindo, o que é preocupante.

Como dissemos na entrevista, o ideal é que a redução experimentada no mês de julho de 2021 se mantenha ao longo dos demais meses do ano, ainda que parte da queda nos indicadores esteja atrelada a grave crise econômica que vivenciamos.

Clique no link para acessar a matéria:

https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/noticias/2021/08/678042-detran-rms-tem-queda-de-100-nos-obitos-em-acidentes-com-bicicletas.html


A expectativa é que a redução verificada nos sinistros no mês de julho, se prolongue pelos demais meses.


sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Eletricidade em alta!

Ao transitar nas rodovias do país, e ao realizar paradas para reabastecimento do veículo ou descanso, temos observado nos maiores postos de combustíveis, a colocação de pontos de recarga para veículos elétricos ou híbridos.


Em algumas rodovias pelo país, recarregar veículos elétricos ou híbridos não tem custo.


Rodovias como as BRs 101 e 116 no trecho entre São Paulo e  Santa Catarina, já possuem tais pontos, quase sempre bancados pelas montadoras premium.

Nos chama a atenção que são rodovias que geralmente o público mais abastado, com condições de possuir tais veículos, utiliza com menor intensidade, tanto que nos frequentes deslocamentos que realizamos, ainda não visualizamos um veículo plugado ao ponto de recarga, talvez por isso a "gentileza" para chamar  a atenção dos demais usuários.

Essa fato nos leva a refletir se em um país como o Brasil, a eletrificação da frota é realmente uma medida acertada, por suas características peculiares como o valor praticado para a venda de veículos elétricos ou híbridos, a ausência de fontes geradoras de energia limpa em número suficiente para atender essa nova demanda, uma vez que novamente em 2021 nos vemos as voltas com uma nova crise hídrica que pode afetar o abastecimento de água e a geração de energia.

Nos países da Europa, já com a contagem regressiva acionada para retirar de circulação os veículos movidos a combustíveis fósseis, é comum ler ou ouvir os relatos de que a energia é gerada a custa da queima de carvão, de energia nuclear, que afetam o meio ambiente como os veículos normais ou podem representar um risco de contaminação.

Temos por aqui o etanol, que em outras épocas tinha também a queima da cana como um pênalti, mas que aparentemente foi superado, e poderia ser trabalhado mais intensamente para ser mais eficiente no tocante ao rendimento em quilometragem percorrida, ainda hoje uma desvantagem em relação a gasolina.

Também se ouve falar muito na célula de hidrogênio que é limpa, rende bem e seria mais adequada que a energia elétrica para movimentar nossos veículos.

É certo que até chegarmos nesse novo momento dos combustíveis no país ainda muita gasolina será queimada, inúmeros debates acalorados devem acontecer, e provavelmente quando um nova alternativa surgir e vier a ser disponibilizada para a maior parte da população, os custos serão similares ao dos combustíveis fósseis, e com um rendimento igual ou ainda menor.

Aí então, será a hora de puxarmos pela memória as lembranças de que um dia, as margens de uma grande rodovia do país, a energia para veículos elétricos ou híbridos era fornecida de graça.

E você, já parou para pensar a respeito disso?


sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Sorocaba. Três meia sete na Mobilidade!

367 anos da nossa querida Sorocaba, e nos cabe fazer uma análise da Mobilidade Urbana da aniversariante.


Vias para todos, independentemente do modo de transporte utilizado. Um desafio que ainda se mantém.
 

Como toda cidade que experimentou um grande crescimento nos últimos anos, cada vez mais é um exercício de paciência para as pessoas se deslocarem com seus modos de transportes individuais.

 

Mesmo dentro de um período de pandemia, essa condição se impõe diante de inúmeras pessoas que deixaram o modo de transporte coletivo, com medo de infecção da COVID19.

 

Medo esse que de certa forma acabou por influenciar também na percepção das pessoas em relação a possibilidade de utilização mais intensa do sistema de ônibus rápido – BRT em operação com dois corredores a disposição da população.

 

É comum ouvir pessoas a reclamar que o espaço dedicado para o trânsito do ônibus nas avenidas Itavuvu e Ipanema, poderiam ser ocupados pelos demais veículos, mas a intenção de um sistema desses é incentivar que as pessoas migrem para o transporte coletivo, uma forma de melhorar a fluidez das vias e a qualidade do ar que respiramos, pois a capacidade de transporte de passageiros do sistema, poderia retirar muitos veículos das vias.

 

E por falar em meio ambiente, ainda hoje a aniversariante do dia 15 de agosto é conhecida nacionalmente como uma cidade das ciclovias, das bicicletas, dado o tamanho de sua rede cicloviária, uma das maiores do país entre as cidades que não são capitais. O modo de transporte ativo que também ganhou muitos adeptos na pandemia, ainda que a cidade momentaneamente tenha suspendido a oferta das bicicletas públicas compartilhadas, que tinham uma integração significativa com o transporte coletivo.


Integração modo de transporte coletivo + ativo, algo que precisa ser retomado na cidade.
 

Integração essa que nos leva a lembrar que muitos desses usuários das bicicletas públicas eram pedestres, que viam nas bicicletas uma forma de ganhar tempo em seus deslocamentos pela cidade, com o aproveitamento da rede cicloviária, e que nos remete a lembrar que a mobilidade do pedestre, o elo mais fraco da cadeia do trânsito ainda precisa de uma maior atenção, com a oferta de calçadas em bom estado de conservação, para que o ato de caminhar seja seguro, confortável e acessível independentemente da condição do cidadão.

 

São aspectos de uma cidade que continua crescendo e pode avançar ainda mais na mobilidade e na qualidade de vida.

Parabéns, Sorocaba!


segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Reduziu, mas continua.

Os dados da plataforma InfoSiga do Governo do Estado de São Paulo para a cidade de Sorocaba, foi tema de uma longa entrevista para o repórter Vinicius Camargo do Jornal Cruzeiro do Sul.

Parte daquilo que conversamos está na matéria cujo link está na sequencia.

Clique, leia:






sexta-feira, 6 de agosto de 2021

Correria!

Em resposta a alguns de nossos seguidores, não abandonamos o CamPitacos e graças a Deus está tudo bem conosco. 

Tiramos alguns dias para descansar o corpo e a mente, e com isso algumas questões ficaram acumuladas e demandam nossa atenção.

Semana que vem retornamos por aqui com nossas abordagens dos últimos acontecimentos em matéria de trânsito, mobilidade urbana.

Até porque, não se pode abandonar esse blog que no mês passado mais uma vez bateu seu recorde de visualizações, alcançando quase 16 mil!

Fico feliz em saber que há quem sentiu falta de atualizações, dos nossos comentários por aqui, muito obrigado!

#seguimos