sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

A ditadura do relógio e o paciente.

Na quinta-feira, 04/FEV saímos pelas vias da cidade verificar algumas questões apontadas por nossos seguidores no Instagram, outras que ouvimos solicitações nas rádios.


Pressa e condução quase sempre causam resultados inesperados.

Esse hábito nos ajuda a entender o que está a ocorrer nas vias, se temos realmente alguma demanda ou se trata de uma interpretação equivocada das normas por quem as apresenta. 

Em alguns locais, realmente as situações apontadas tem fundamento, motivo pelo qual com o intuito de colaborar, alertamos quem de direito e com competência para solucionar, aquelas que são interpretações equivocadas, orientamos acerca de como as regras funcionam.

Uma situação a nós reportada de vegetação a encobrir um conjunto semafórico importante na Avenida Itavuvu, sentido centro, também foi acompanhada dos mesmos registros em pontos da Avenida General Osório em ambos os sentidos da via (dois no sentido centro, um no sentido bairro).

Apesar de apontados a quem de direito os problemas, até o presente momento em que esta postagem é escrita e publicada (05/FEV/2021) permanecem.

Outra, como as condições de trânsito na Avenida General Motors na ligação da Zona Norte da cidade com a Zona Industrial, nos mostraram que o problema maior se dá na ausência de um reforço na sinalização horizontal, vertical e em partes pela pressa ao transitar que muitos tem para uma via com pista simples e duplo sentido de circulação. 

São essas situações que estão nas vias e que qualquer um pode atestar a veracidade dos fatos, mas por outro lado temos situações de risco criadas pelos condutores.

Em uma das nossas postagens anteriores abordamos o avanço de semáforos no ciclo vermelho por parte dos motofretistas para ganhar tempo e consequentemente realizar mais entregas.

Entretanto, nos deparamos dessa vez, na condição de motociclista, com um condutor de um caminhão Mercedes Benz carregado, que de forma deliberada, mesmo tendo como faze-lo, avançou o sinal vermelho quando o ciclo verde já estava no semáforo da via transversal.

Quando mais a frente ele teve que parar novamente no semáforo onde já estávamos parados, comentei com ele: "Com esse baita veículo, passar no vermelho é perigoso, Motorista!"

A resposta dele, mostrando o relógio para mim foi: "Preciso vencer o relógio, e vou passar onde der!". 

Respondemos com um questionamento para ele: "E se você bater em alguém e matar essa pessoa, vai seguir em frente? Poderia ter ocorrido isso ali atrás com seu ato!"

Não precisamos dizer que a conversa, que transcorreu de forma educada acabou nesse ponto.

Infelizmente o modo de pensar desse condutor é o mesmo de vários outros que ao transitar na chamada ditadura do relógio, se esquecem de que podem ter que ser muito pacientes caso venham a se envolver em um sinistro de trânsito ao tentar vencer o relógio.

Por conta de situações como essas é que freios falham, ocorrem alguns tombamentos dentre outros relatos de sinistros tão comuns em nossas vias urbanas e rurais.

No trânsito, um meio tão arriscado, a ditadura do relógio não pode prevalecer e a consciência em relação a isso deve começar pelo dono da empresa que utiliza os serviços, por aquele que contrata o transporte e em especial por aquele que está na ponta e faz a ligação fina entre os pedais do veículo e sua poltrona, essa a parte mais importante de tudo.

E vamos em frente!

E.T. Avançar o sinal vermelho do semáforo constitui infração de trânsito de natureza gravíssima, com acréscimo de sete pontos ao prontuário do infrator.


Nenhum comentário:

Postar um comentário