Quando as pessoas buscam adquirir um veículo automotor, na maioria das vezes, a beleza sempre é levada em conta, mais até do que a questão da segurança.
Essa opção dos consumidores é tão clara, que ainda em 2019, alguns modelos com apelo aventureiro, são lançados sem importantes itens de segurança, relegados a um segundo plano em meio a rodas de liga leve e centrais multimídias.
Essa breve introdução é para falar a respeito do terrível sinistro ocorrido com o piloto Romain Grosjean, da equipe Haas de Fórmula 1, na etapa do dia 29/NOV no autódromo do Bahrain, cujo carro, ao atingir o guard-rail se partiu ao meio e se transformou em uma bola de fogo.
Felizmente o piloto, graças a uma rápida intervenção da equipe de fiscais de pista com os médicos da categoria, conseguiu escapar praticamente ileso, só com algumas queimaduras nas mãos e no pé esquerdo.
Apesar de toda tecnologia empregada nos carros da categoria ao longo dos anos, o avanço nas vestimentas de nomex, resistentes ao fogo, um item que passou a fazer parte dos carros em 2018, o polêmico Halo teve papel importante na preservação da vida de Grosjean, um dos críticos do visual do dispositivo.
É certo que visualmente os carros da F1, F2, F3 com o Halo ficou estranho, mas tão logo ele passou a ser utilizado na categoria máxima do automobilismo mundial, já mostrou sua importância em um acidente que envolveu o bicampeão mundial Fernando Alonso e a Sauber do estreante Charles Leclerc, quando um carro passou por cima do outro.
Dessa vez, após um toque, o impacto do carro contra o guard-rail a uma velocidade estimada de 220Km/h com uma força G de 53 vezes, sem o Halo, provavelmente o piloto não teria a mesma sorte de estar entre nós.
O cockpit permaneceu íntegro, e o Halo protegeu a cabeça do piloto das lâminas, como se pode ver nas imagens, as quais ficarão marcadas na história da categoria e de seus fãs.
Esse caso mostrou que a ausência de beleza teve mais importância para a vida que um carro com visual mais limpo.
Assim deve ser no nosso dia a dia ao escolhermos um veículo. Por vezes, abrir mão da beleza visual, por uma segurança mais apurada, pela existência de itens em maior número como airbags, por um controle eletrônico de estabilidade - ESP, que seria obrigatório em todos os veículos brasileiros a partir de 2022 e foi postergado para 2024.
De acordo com estudos, mais de 190 mil vidas seriam preservadas nos países do G20 se até 2030 todos adotassem o controle eletrônico de estabilidade - ESP em veículos novos fabricados.
Entretanto, o ESP sempre é um dos itens deixados de lado por algumas montadoras e que acaba sendo substituído por rodas ou centrais multimídias. Em 2019, isso ocorreu em mais de uma ocasião nos lançamentos de algumas versões.
Será que essa é um troca realmente interessante? Antes de ter a beleza como fator principal, pare, pensa e escolha pela segurança.
Excelente!
ResponderExcluirPermite a reprodução?
Olá, Fernando!
ExcluirPode reproduzir sim!
Agradeço a leitura e o comentário.
Abraço,